CAN 2024: Seleccionadores deixam comandos técnicos após primeira fase desastrosa
Os colossos africanos não têm muita piedade com os respectivos seleccionadores: ou ganha ou tem de sair, poderia ser esse o lema neste Campeonato Africano das Nações de futebol que decorre na Costa do Marfim.
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Do nosso enviado especial a Abidjan,
Seis treinadores já saíram das respectivas selecções após a fase de grupos do Campeonato Africano das Nações, mas houve explicações distinctas para cada um.
O mais emblemático foi o francês Jean-Louis Gasset, que comandou a Costa do Marfim durante os três primeiros encontros. Os marfinenses nem foram eliminados, apurando-se com um dos melhores terceiros. No entanto, após a derrota por 4-0 frente à Guiné Equatorial, o técnico gaulês decidiu sair, oficialmente para dar uma lufada de ar fresco e permitir aos ‘Elefantes’ levantarem-se da derrota com um novo técnico, o antigo adjunto, Emerse Faé.
Djamel Belmadi, seleccionador da Argélia, e vencedor em 2019, encontrou um acordo com a Federação para deixar o comando técnico após duas fases finais, 2022 e 2024, em que os argelinos não conseguiram ultrapassar a fase de grupos.
Jalel Kadri, treinador da Tunísia, cumpriu o contrato segundo as suas próprias declarações. Não tendo atingido o objectivo fixado pela Federação, não tem razão para ficar.
Outro a sair pelos próprios pés, o belga Tom Saintfiet que comandava a Gâmbia. Apesar de ter um contrato até 2026, o técnico decidiu que era tempo de sair da selecção dos escorpiões.
Menos pacíficas foram as saídas de Chris Hughton, treinador irlandês do Gana que foi despedido, e de Adel Amrouche, técnico argelino da Tanzânia, aliás esta última foi a mais caricata. Após ter criticado a Confederação Africana de futebol, o treinador foi suspenso por oito jogos. Sem margem, a Federação Tanzaniana despediu-o e nomeou Hemed Suleiman, treinador também argelino conhecido por ‘Morocco’, Marrocos em inglês, sendo que as críticas de Adel Amrouche foram contra a CAF e o poder dos dirigentes marroquinos dentro da organização. Uma situação caricata.
Cinco selecções eliminadas, uma apurada, seis saídas de técnicos, eis a vida de um treinador que não vence.
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