França: Macron aplaudido e vaiado em Feira de Agricultura
Para a sua primeira visita como Chefe de Estado à tradicional Feira Internacional da Agricultura de Paris, Emmanuel Macron foi simultâneamente aplaudido e vaiado.Aplaudido porque o presidente francês afirmou estar disposto a contribuir para um novo modelo económico da agricultura francesa e vaiado devido às negociações em curso entre a União Europeia e o Mercosul,para um acordo de livre troca.Os agricultores franceses receiam ser colocados numa posição de desvantagem,perantes os custos, assim como regulamentos rigorosos aplicados à produção agrícola europeia,contráriamente aos países do bloco sul-americano.
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Por ocasião da abertura da Feira Internacional da Agricultura, no complexo Paris Expo em Paris , Emmanuel Macron tentou tranquilizar os produtores agrícolas franceses, perante as crises crónicas que têm afectado o sector ,bem como as inevitáveis mudanças pelas quais já começou a passar a agricultura em França.
Aplaudido por se ter mostrado compreensível para com as dificuldades enfrentadas pelos agricultores, o Presidente Macron foi também vaiado devido às actuais negociações entre a União Europeia e o Mercosul , visando um acordo de livre troca,considerado prejudicial para a agricultura europeia,dado a diferença de regulamentação no sector, bem como os custos de produção,entre os dois blocos.
Emmanuel Macron,que efectuou uma longa visita ao certame, reuniu-se com os representantes dos sindicatos e associações agrícolas de França.Ele prometeu que todos os problemas referentes à agricultura e ao seu futuro serão abordados, de forma a encontrar soluções.
Aos agricultores inquietos com o seu futuro, o Chefe de Estado francês, afirmou que o objectivo do governo é fazer o ponto da situação sobre as profissões agrícolas ,o financiamento,o modelo social,a investigação,assim como preparar o sistema que vai definir a nova PAC,Política Agrícola Comum,europeia.
No que toca ao acordo com o Mercosul,os produtores franceses de carnes, receiam nomeadamente a importação com taxas reduzidas de 70.000 toneladas de carne bovina sul-americana, por ano.
De acordo com os produtores, existe a hipótese de uma concorrência desleal, perante o baixo custo de produção e os critérios sanitários de qualidade, menos exigentes do que na Europa.
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