Acesso ao principal conteúdo
Libéria / Serra Leoa

Julgamento de Charles Taylor na recta final

 Charles Taylor clama inocência e rejeita as acusações de crimes contra a humanidade, crimes de guerra e outras violações do direito internacional, cometidas na Serra Leoa durante a guerra civil que entre 1991 e 2001 causou cerca de 120 mil mortos.

Charles Taylor, antigo presidente da Libéria, acusado de crimes de guerra pelo TPI
Charles Taylor, antigo presidente da Libéria, acusado de crimes de guerra pelo TPI Reuters
Publicidade

O julgamento de Charles Taylor, antigo presidente da Libéria, entra nesta terça-feira (9/03/2011) na sua fase conclusiva, com a audiência da sua defesa pelo Tribunal Especial para a Serra Leoa sedeado em Leidschendam, nos arredores de Haia, na Holanda.

Charles Taylor é acusado de 11 crimes, entre os quais terrorismo, assassínios arbitrários, pilhagem, violação, mutilação de prisioneiros, recrutamento à força de crianças soldado e de a troco de diamantes ter fornecido armas e munições aos rebeldes da Frente Revolucionária Unida de Foday Sankoh.Taylor clama inocência e afirma ter intervido junto dos rebeldes da RUF para negociar um acordo de paz.

A acusação alega que Charles Taylor “criou, armou, apoiou e controlou a RUF durante uma campanha de terror de dez anos” e que ele recebeu “largos milhões de dólares” provenientes da venda dos diamantes da RUF, extraídos “em condições equivalentes à escravatura”.

Na próxima sexta-feira (11/03/2011) defesa e acusação vão esgrimir os seus derradeiros argumentos, para tentar convencer os juízes do TPI da justeza das suas teses, mas a sentença só deverá ser conhecida em meados de 2011.

Desde o inicio das audiências, foram ouvidas 94 testemunhas de acusação e 21 de defesa, incluindo a ex modelo Naomi Campbell e a actriz Mia Farrow.

As organizações de defesa de Direitos Humanos estão confiantes numa condenação exemplar de Charles Taylor, que é o primeiro antigo presidente africano a ser julgado pela justiça internacional, o que poderá constituir um precedente para outros líderes políticos.

Em 2007 no inicio do julgamento de Charles Taylor, o secretário-geral da Onu Ban Ki Moon afirmara “trata-se de um dia importante para a comunidade internacional, que contribui para a luta contra a impunidade e para o reforço do Estado de direito, não só na África Ocidental mas no mundo inteiro

 

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe toda a actualidade internacional fazendo download da aplicação RFI

Partilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual pretende aceder não existe ou já não está disponível.