Manifestação na capital de Angola marcada por detenções
Apesar de não ter obtido autorização por parte das autoridades provinciais, o Movimento Revolucionário Angolano realizou tal como previsto a sua manifestação esta tarde em Luanda para reclamar mais justiça social e a libertação de um dos seus membros Manuel Nito Alves, 17 anos, preso há uma semana.
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Antes mesmo da manifestação, a polícia avisara que poderia utilizar a força para repelir a concentração e também veio a público denunciar a suposta distribuição pelo Movimento Revolucionário de panfletos incitando à violência, acusações logo desmentidas pelos interessados.
Foi por conseguinte sob forte aparato policial que decorreu esta manifestação que ficou desde já marcada por detenções, cujo número varia consoante a fonte. Ao indicar ter registado "algumas tentativas de tumulto", a polícia informou ter detido 7 pessoas, entre as quais um membro do Bloco Democrático. Por seu lado, ao mencionar precisamente a detenção de Manuel Vitória Pereira, membro do Bloco Democrático, a activista Cívica Ermelinda Freitas fala na detenção de 9 pessoas, na sua maioria membros do Movimento Revolucionário cujo paradeiro permanece incerto.
Ermelinda Freitas, activista cívica Angolana
Entre os membros do Movimento Revolucionário que foram detidos, constam "Belenguete", "Amândio", Adolfo Campos bem como "Pastor" que no início da manifestação, antes de ser detido, concedeu uma entrevista à RFI.
Pastor, membro do Movimento revolucionário de Angola
Refira-se ainda que esta acção ocorreu a 24 horas do arranque do Mundial de Hóquei em patins em Angola, uma competição cuja organização envolveu um investimento financeiro que foi bastante criticado por vários sectores da opinião Angolana nomeadamente o Movimento Revolucionário que pretendia, na manifestação desta tarde, também denunciar esta situação.
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