Novas detenções em Cabinda
Em Angola, estava agendada para este sábado em Cabinda uma marcha, convocada pela Sociedade Civil de Cabinda, pela libertação de José Marcos Mavungo e Arão Tempo. A marcha não se realizou e do local há relatos de um forte dispositivo policial e de detenções de pelo menos três outros activistas dos direitos humanos.
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A Sociedade Civil de Cabinda queria com a concentração pressionar as autoridades angolanas para que libertassem o activista dos Direitos Humanos José Marcos Mavungo e o advogado Arão Bula Tempo, que é também presidente do Conselho Provincial de Cabinda da Ordem dos Advogados de Angola. Ambos detidos a 14 de Março, juntamente com o empresário cabinda Manuel Biongo. Os três presos e indiciados, mas ainda sem acusação formal, por alegados crimes contra a segurança do Estado.
A marcha prevista para hoje não se realizou e do local há relatos de um forte dispositivo policial e de detenções de pelo menos três activistas dos direitos humanos de Cabinda.
Ao microfone da RFI, Raúl Danda, deputado cabinda da Unita (oposição angolana), mostrou-se preocupado com o estado crítico de saúde de José Marcos Mavungo e reiterou a arbitrariedade destas detenções.
Raúl Danda, deputado cabinda da Unita
De salientar que José Marcos Mavungo, de 56 anos, foi internado de urgência na quinta-feira passada (09/04/15) devido a problemas cardíacos. O activista de direitos humanos de Cabinda regressou ontem à cadeia, onde estará agora a ser seguido por uma médica da sua confiança.
Na quinta-feira, igualmente Arão Tempo, de 52 anos, foi assistido na quinta-feira no hospital local, devido a problemas de hipertensão, tendo posteriormente regressado ao estabelecimento prisional.
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