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UA vai estar atenta ao Burundi

Terminou hoje a 26ª cimeira de chefes-de-Estado da União africana, em Addis Abeba, na Etiópia. No discurso de encerramento, o presidente em exercício, o chadiano Idriss Déby Itno disse que a organização panafricana vai estar atenta ao Burundi e que vai harmonizar a sua posição face ao Tribunal Penal Internacional.

O chadiano Idriss Déby Itno novo presidente da União Africana. Addis Abeba 30/01/16
O chadiano Idriss Déby Itno novo presidente da União Africana. Addis Abeba 30/01/16 TONY KARUMBA / AFP
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O novo presidente em exercício da União Africana lembrou que o continente deve resolver os conflitos que existem nos países africanos e salientou que « é preciso encontrar um consenso na luta contra o terrorismo que assume proporções preocupantes».

No discurso de encerramento, o presidente em exercício disse que o diálogo deve ser a palavra de ordem, referindo-se em concreto ao caso do Burundi e do Sudão do Sul, e que a União Africana vai continuar a trabalhar para que estes dois países encontrem o caminho da paz. « A violência deve parar. Nós não podemos permitir que milhares de africanos morram por causa de lutas políticas. Nós vamos seguir atentamente o desenvolvimento da situação nesses países, em particular no Burundi e no Sudão do Sul”.

Reforma da UA

Idriss Déby voltou a falar da necessidade absoluta de reformar as estruturas e o método de trabalho da União Africana: “acredito que dessa forma a organização panafricana será mais eficaz e próxima da população”.

Cimeira da Migração

Idriss Déby anunciou a realização de uma cimeira sobre os migrantes e sublinhou a necessidade de se encontrar uma solução para os jovens africanos que deixam o continente à procura de melhores condições de vida « mas que acabam muitas vezes a viagem nas águas do Mediterrâneo».

Harmonização da UA face ao TPI

Dois pesos e duas medidas, foi desta maneira que o presidente chadiano se referiu ao trabalho feito pelo Tribunal Penal Internacional, acrescentado que os estados membros da UA decidiram harmonizar a posição face à organização. « O que nós constatamos é que o TPI persegue mais os presidentes africanos, mesmo chefes-de-Estado em exercício e homens políticos. Enquanto no resto do mundo há muitas coisas que são feitas, muitas violações flagrantes são cometidas, eu preciso, bem flagrantes, mas ninguém é responsabilizado. E por essa razão que decidimos harmonizar a nossa posição face ao TPI esperando que se aperceba do peso e da importância da posição africana sobre esta questão».

A próxima cimeira da União Africana está prevista para Julho, em Kigali, no Ruanda.

Neidy Ribeiro, enviada especial da RFI a Addis Abeba.

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