Libertação de 21 prisioneiras de Boko Haram
21 jovens de Chibok pertencentes ao grupo das cerca de 200 liceais raptadas em Abril de 2014 e mantidas prisioneiras desde então, foram libertadas esta manhã, fontes locais tendo indicado à imprensa que elas foram trocadas contra 4 presos de Boko Haram, o que o governo de Abuja desmentiu, referindo que "estas libertações são o fruto de laboriosas negociações".
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De acordo com fontes locais as jovens foram levadas para Kumshe, a 15 km de Banki, no norte do país, por volta das 3 horas da madrugada, onde foram trocadas contra os referidos presos de Boko Haram. As jovens foram em seguida levadas para Maiduguri para depois serem transportadas rumo a Abuja a capital. De acordo com a presidência, estas libertações foram facilitadas pelo Comité internacional da Cruz Vermelha e o governo Suíço. Ao saudar esta libertação, o presidente Buhari recordou que mais de 30 mil pessoas morreram por causa de actos terroristas na Nigéria.
Estas libertações acontecem num contexto em que a comunidade internacional, nomeadamente através da iniciativa "Bring Back Our Girls", mas também a sociedade civil a nível interno têm mantido a pressão perante um poder que até agora não tem conseguido libertar a totalidade das jovens mantidas em cativeiro. Ao realçar precisamente este aspecto, Gustavo Plácido dos Santos, especialista da Nigéria ligado ao Instituto Português de Relações Internacionais e de Segurança em Lisboa, refere que estas libertações surgem também num momento em que Boko Haram está dividido e a perder terreno.
Gustavo Plácido dos Santos, especialista da Nigéria ligado ao IPRIS
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