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Sudão

Forças da ordem voltam a reprimir manifestantes no Sudão

Os manifestantes sudaneses apelados à desobediência civil este domingo desertaram as ruas de Cartum, mas na cidade de Bahri no norte da capital, voltaram a ser vítimas da repressão policial, como aconteceu a 3 de junho. A polícia recorreu à força e ao uso de gás lacrimogéneo hoje contra manifestantes. 

Desde a repressão policial de segunda-feira o comércio em Cartum está paralisado e este domingo o movimento continuou
Desde a repressão policial de segunda-feira o comércio em Cartum está paralisado e este domingo o movimento continuou AFP
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O apelo à desobediência civil exigindo um governo civil no Sudão desertou as ruas da capital sudanesa, Cartum, paralisada num domingo de trabalho, enquanto a polícia fazia uso da força e de gás lacrimogéneo contra manifestantes. 

Efectivamente, as forças da ordem intervieram em Bahri e Ondurman, no norte da capital, matando para já entre 3 a 4 civis, quando dispersava manifestantes que erigiram barricadas em sinal de apoio ao movimento de protesto.

Organizações da oposição e da sociedade civil, como a Associação profisssional e Aliança civil tinham apelado funcionários e trabalhadores a paralisar os serviços da capital neste domingo que era um dia noral de trabalho no Sudão.

Assim no sector dos transportes havia apenas uma circulação mínima, enquanto certos bancos e serviços públicos funcionaram normalmente.

Mas no sector privado, não funcionou a maior parte dos bancos, empresas privadas, comércio e mercados, no quadro do apelo à desobediência civil. 

A maior parte das agências de viagens não abriu igualmente as portas e no aeroporto de Cartum, onde poucos voos foram assegurados, havia longas filas de passageiros que tentavam viajar. 

Desobediência civil combatida pela força policial

Recorda-se que na passada segunda-feira a polícia anti-motim e soldados do exército reprimiram manifestantes matando 117 pessoas segundo fontes médicas próximas da oposição.

O governo sudanês apresentou um balanço de 61 mortos, dos quais 3 polícias da segurança. 

Esta repressão das forças sudanesas surgiu depois de várias semanas de manifestações exigindo um governo civil, nomeadamente, pela Aliança da oposição das forças signatárias da declaração da liberdade e da mudança.

As forças policiais e militares no Sudão voltaram a demonstrar este domingo que estão decididas a reprimir quaquer tipo de protesto ou manifestações no país.

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Violência no Sudão faz mais vítimas

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