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Classe Média/América Latina

Crescimento da classe média bate recordes na América Latina

Um relatório divulgado nessa terça-feira pelo Banco Mundial afirma que a classe média na América Latina registrou níveis recordes de crescimento entre 2003 e 2009 e já constitui 30% da população na região. Países como Brasil e Chile são os principais responsáveis por esses números. Mas o documento também revela o aumento dos cidadãos em situação considerada vulnerável.

Países como o Brasil contribuíram para as estatísticas positivas para a classe média na América Latina.
Países como o Brasil contribuíram para as estatísticas positivas para a classe média na América Latina. Flickr/ C_Melo
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O rápido desenvolvimento econômico e a implementação de políticas de redistribuição de renda registradas nos últimos dez anos na América Latina permitiram o acesso à classe média a cerca de 50 milhões de habitantes na região. A constatação é do Banco Mundial, que afirma que, pela primeira vez na história, essa categoria sócio-econômica já representa praticamente o equivalente ao número de pobres naquela parte do planeta. “Pelo menos 43% dos habitantes da América Latina mudaram de classe social entre meados dos anos 90 e o final dos anos 2000 (...) e a maior parte desse movimento foi ascendente”, explica o documento.

Segundo o Banco Mundial, o principal critério para que um cidadão seja considerado de classe média é a segurança econômica. Para a instituição, apenas aqueles que apresentam menos de 10% de risco de voltar para a pobreza se enquadram nessa categoria. No caso da América Latina, isso representaria uma renda diária entre 10 e 50 dólares por pessoa e cerca de 30% da população já faria parte do grupo.

No entanto, esse índice de crescimento não é homogêneo no bloco. Brasil e Chile estão entre os que apresentaram os melhores resultados, enquanto Guatemala e Paraguai tiveram as piores performances, analisa do relatório.

O Banco Mundial alerta para o fato de que esse desenvolvimento também resultou na criação de uma classe “vulnerável” cada vez maior, já que ela representa 38% da população. Essa categoria engloba as pessoas situadas logo acima da linha da pobreza, com uma renda diária entre 4 e 10 dólares.
 

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