UE abre jornadas de activismo contra a violência baseada no género em Angola
A representação da União Europeia em Angola condena todas as práticas que atentam contra a integridade física das mulheres, destacando o seu papel na prevenção e sensibilização no combate à violência baseada no género. Foi nesta perspectiva que arrancou ontem em Angola a campanha dos '16 Dias de Activismo', que decorre de 25 de Novembro até 10 de Dezembro.
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A campanha dedicada ao “Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra a Mulher” que se assinala anualmente a 25 de Novembro, tem nomeadamente como propósito o de sensibilizar a sociedade para a prevenção e a erradicação do fenómeno.
À margem do lançamento do projecto, Janett Seppen, embaixadora da União Europeia em Angola, destacou a importância da campanha, com a implementação de acções que desencorajam o abuso da mulher.
Janett Seppen reiterou, ainda, que os 16 dias de activismo para a União Europeia são dedicados à reflexão para a eliminação da violência doméstica, lembrando, assim, as vítimas que sofrem com este fenómeno.
“Os 16 dias de activismo para União Europeia representam dias importantes no combate à violência contra as mulheres. 16 dias são dedicados a este fenómeno para nos lembrarmos das mulheres e meninas que sofrem e para reiterar que temos de lutar e combater essa violência”, vincou a representante da União Europeia em Angola.
Ao discursar na abertura do certame, Elsa Barber, secretária de Estado para Família e Promoção da Mulher, saudou a iniciativa da União Europeia, elogiando o engajamento desta entidade na prevenção e combate à violência doméstica.
“Saudamos a iniciativa da União Europeia, numa clara demonstração do engajamento dos nossos parceiros em apoiar o Estado angolano no combate e prevenção à violência contra a mulher, augurando melhoria na intervenção para a prevenção da violência e a criação de condições para a protecção das vítimas, sobretudo crianças abusadas sexualmente”, especificou a governante.
A representante do Ministério da Acção Social, Família e Promoção da Mulher (MASFAMU) augura melhorias na intervenção de projectos que têm como finalidade apoiar o Estado angolano na eliminação do fenómeno.
De referir que segundo dados do governo angolano, entre Janeiro e Agosto deste ano, 639 casos de violência doméstica foram denunciados no país, a grande maioria destes casos dizendo respeito a violências praticadas por homens contra mulheres (588). De acordo com o Ministério angolano da Acção Social, Família e Promoção da Mulher, entre Janeiro e Outubro do ano passado, foram registados mais de 3.303 casos de violência doméstica.
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