Fuga de cidadão franco cabo-verdiano com contornos políticos e judiciais
Em Cabo Verde, o caso do cidadão franco cabo-verdiano, Arlindo Teixeira, que fugiu para a França, alegadamente com a ajuda do advogado e deputado Amadeu Oliveira, está a ter contornos judiciais e políticos.
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No campo político, o Primeiro-ministro Ulisses Correia e Silva, foi abordado pelos jornalistas sobre o caso da fuga do cidadão franco cabo-verdiano, Arlindo Teixeira, e foi de poucas palavras.
O chefe do governo cabo-verdiano, disse esperar que justiça seja feita.
"Eu só espero que as responsabilidades sejam apuradas e que se determine exactamente, porque é que isto aconteceu e que os responsáveis sejam devidamente sancionados", declarou o chefe do governo.
O presidente da Assembleia Nacional, Austelino Correia, realçou que já convocou a comissão permanente do Parlamento para analisar o caso do deputado Amadeu Oliveira, que viajou sem dar conhecimento ao parlamento e enquanto advogado terá ajudado o cidadão franco cabo-verdiano Arlindo Teixeira a fugir de Cabo Verde .
" Nós já convocamos uma comissão permanente para quinta-feira de manhã, para analisarmos a situação e também analisar outras pendências que temos em relação a estes assuntos que têm a ver com a justiça", afirmou Austelino Correia.
A UCID, partido pelo qual Amadeu Oliveira foi eleito deputado descartou quaisquer responsabilidades na fuga e pediu que a justiça esclareça os contornos do caso.
O Procurador-Geral da República, veio a público dizer que a fuga do cidadão franco-cabo-verdiano ,Arlindo Teixeira, para a França não vai ficar impune e José Luís Landim explica porquê.
" Hoje em dia, ninguém consegue fugir à justiça, esteja onde estiver, porque de facto Cabo Verde tem uma lei de cooperação internacional avançada, igual às melhores leis que se conhece e sempre há ferramentas que permitem, mesmo a pessoa estando fora, ou pedir extradição, geralmente os Estados não extraditam os nacionais, mas há a ferramenta da transmissão de processos para o Estado avançar com a instrução, ou então mesmo a execução da sentença no país onde ele estiver. Portanto, temos tido experiência neste sentido e tem funcionado com outros países, com outros Estados ", considerou o Procurador-Geral da República.
Ouça aqui a correspondência de Odair Santos:
Correspondência de Odair Santos do dia 30 de Junho de 2021
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