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#Cabo Verde

FAO quer acabar com insegurança alimentar em Cabo Verde até 2027

A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) e Cabo Verde assinaram, na terça-feira, um programa de 38 milhões de dólares para acabar com a insegurança alimentar até 2027. O valor é o dobro do anterior devido a maiores necessidades de investimento no sistema agro-alimentar.

Ilha de Santo Antão. Cabo Verde. 1 de Fevereiro de 2015.
Ilha de Santo Antão. Cabo Verde. 1 de Fevereiro de 2015. AFP - DANIEL SLIM
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A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) vai disponibilizar 38 milhões de dólares para Cabo Verde acabar com a insegurança alimentar até 2027. A representante da FAO em Cabo Verde, Ana Touza, disse que o objectivo é "atingir um futuro onde não há insegurança alimentar".

Nós queremos atingir um futuro onde não há insegurança alimentar. Um futuro daqui a cinco anos onde todo o cabo-verdiano tem comida culturalmente aceitável, que tenha a sua própria comida, produzida localmente, com alimento saudável, uma comida nutricional e que aporta saúde e também que tenha grande respeito pelo ambiente. Porque as práticas agrícolas que não são sustentáveis têm maior impacto nas mudanças climáticas” declarou Ana Touza durante a cerimónia oficial, na Praia.

O aumento do valor do programa é justificado com maiores necessidades de investimento no sistema agro-alimentar.

"Nós estamos completamente alinhados com o país na ideia de eliminar a pobreza extrema até 2026, um país sem fome, porque a pobreza extrema está vinculada com isso”, acrescentou Ana Touza.

O ministro da Agricultura e Ambiente de Cabo Verde, Gilberto Silva, afirmou que os 38 milhões de dólares têm de traduzir-se em acções "muito concretas" e explicou que os projectos previstos alinham-se tanto com os instrumentos do planeamento da FAO, mas também com o Plano Estratégico de Desenvolvimento Sustentável do país (PEDS II) e com a estratégia de tornar o sector agrário mais produtivo e resiliente. 

“É para nós motivo de satisfação ver que, dos cerca de 16 milhões de dólares alocados, nós neste momento temos um pacote para cinco anos que roça os 38 milhões. Mais do que duplicamos os recursos alocados a esta cooperação para cinco anos”, disse o governante, admitindo que "o valor ainda é insuficiente”, por isso “todos têm a obrigação de procurar mais recursos para a cooperação”.

Em Junho, o ministro indicou que praticamente um terço das famílias cabo-verdianas não tem acesso financeiro a alimentos, 10% da população sofre de desnutrição crónica e cerca de 7,4% das crianças, com menos de 5 anos, sofre de obesidade.

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