Brad Pitt no tapete vermelho de Cannes
Competindo pela Palma de Ouro, o ator Brad Pitt sobe nesta noite as escadarias do Palácio dos Festivais para defender "The Tree of Life"("A Árvore da Vida"), do diretor Terrence Malick. O outro filme do dia, do francês Bertrand Bonello, fala das lembranças de um bordel, onde belas prostitutas viviam como escravas.
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Único filme norte-americano em competição pela Palma de Ouro, "The Tree of Life"("A Árvore da Vida"), do diretor Terrence Malick, tem dois monstros sagrados de Hollywood em seu elenco: Brad Pitt e Sean Penn. Em 1979, Malick ganhou o prêmio do festival de melhor direção com "Cinzas no Paraíso".
O enredo deste novo filme gira em torno das lembranças de Jack, criado nos anos 50 por um pai autoritário (Brad Pitt) e uma mãe carinhosa. Com o nascimento de seus dois irmãos, ele é obrigado a dividir o amor materno incondicional e enfrentar o autoritarismo de um pai obsecado pela ideia de que os filhos têm que vencer na vida. Um dia, um fato trágico vai perturbar o frágil equilíbrio familiar. Sean Penn entra na segunda parte da trama, que também propõe, em paralelo, uma visão da humanidade desde a sua gênese. "The Tree of Life"chega às salas de cinema da França nesta terça-feira, 15 de maio.
Mulheres da vida
Outro aspirante à Palma é o terceiro dos quatro filmes franceses na corrida, "L'Apollonide-Souvenirs de la Maison Close", de Bertrand Bonello, em seu quinto longa metragem.
Como o nome sugere, a sexualidade é o centro da trama neste bordel onde vivem isoladas, como prisioneiras, 12 prostitutas lindas e inteligentes. Para sua cafetina, porém, elas são simplesmente suas escravas. Os clientes que vêm e vão conhecem apenas a luxúria e o prazer, ignorando a miséria e o medo da morte que rondam a "maison close".
Bertrand Bonello, mais uma vez, explora o universo da marginalidade. O ator e diretor brasileiro Marcelo Telles faz uma ponta no filme.
Na mostra paralela "Um Certo Olhar", duas criações opostas devem impressionar os cinéfilos.
Sobrenatural
O diretor francês Bruno Dumont apresenta seu terceiro longa metragem, "Hors Satan", que promete mexer com os nervos do público. Em uma paisagem de dunas, florestas e pântanos, vive um homem estranho que recebe a visita de uma menina da fazenda ao lado. Eles vivem à espera de uma aparição, de um milagre e quase não se falam.
Poder feminino
Já a cineasta libanesa Nadine Labaki mostra uma tragicomédia musical "Where do we go now?", um conto imaginário que fala do destino das mulheres, seu lugar na sociedade e sua garra de viver. Tudo se passa em um vilarejo isolado em uma montanha, onde um grupo de mulheres de diversas religiões se unem e usam, com muita esperteza, estratégias para seus maridos, pais e filhos não entrarem em guerra. O trágico encontra o humor, em uma mensagem fortemente humanista.
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