Em Cannes, Sean Penn impressiona como ex-rock star caçador de nazista
O bom cinema disse presente nesta manhã no Festival de Cannes com a projeção, em competição, do último longa de um dos grandes nomes do cinema italiano atual, Paolo Sorrentino. O personagem do roqueiro aposentado foi escrito especialmente para o ator americano, que fazia parte do júri do festival em 2008, quando Sorrentino ficou com o Prêmio do Júri por "Il Divo".
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"This Must Be The Place", título de uma música dos Talking Heads, é o nome que o diretor Paolo Sorrentino escolheu para o seu filme.
Sean Penn interpreta um velho rock star, Cheyenne, de família judia, cuja vida monótona vai se transformar com a morte do pai. Ele viaja pela América em busca do nazista que levou seu pai ao campo de concentração e acaba descobrindo que a obsessão paterna pelo homem não era o trauma de Auschwitz, mas sim uma humilhação sofrida na juventude.
Além do carisma de Sean Penn, que construiu com seu talento habitual um personagem aparentemente frágil e excêntrico, o filme também conta com a participação do músico David Byrne, ex-líder dos Talking Heads.
Drive!
O segundo aspirante à Palma de Ouro é "Drive", do dinamarquês Nicolas Winding Refn, em sua primeira participação no Festival.
Em cena, um profissional de cascadas no cinema (Ryan Gosling), tranquilo e com uma vida aparentemente normal que, à noite, se transforma em motorista para a máfia. Mas, um dia, uma operação dos mafiosos dá errado e termina mal, desencadeando uma perseguição infernal, com vingança como pano de fundo. O ritmo é intenso, porém, marcado por uma emoção contida.
Um Certo Olhar
Três filmes serão projetados na mostra paralela "Um Certo Olhar", nesta sexta-feira.
O diretor russo Bakur Bakuradze estreia em Cannes com "Okhotnik, O Caçador", que conta a história de Ivan Dounaev, um fazendeiro trabalhador, casado e com filhos, que vê sua vida mudar com a chegada de duas mulheres à fazenda, Liouba e Raïa, detentas da colônia penitenciária vizinha à sua propriedade.
"The Murderer", do sul-coreano Na Hong-Jin, fala do drama de um homem à beira da miséria, que aceita umum contrato para matar uma pessoa para pagar suas dívidas e continuar a sustentar a família. Ele desconhece sua vítima e não imagina a engrenagem criminosa em que está se envolvendo.
O terceiro longa da mostra é "Oslo, 31 de Agosto", do norueguês Joachim Trier, um olhar sobre o difícil processo de reconstrução de um homem que está terminando uma cura de desintoxicação. Em uma autorização de 24 horas para ir à cidade mais próxima, o personagem se confronta aos erros do passado e à possibilidade de semear um futuro até o dia amanhecer.
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