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Cannes/Mud

"Mud" surpreende e entra na corrida pela Palma

A competição pela Palma de Ouro da 65ª edição do Festival de Cannes acabou neste sábado, com a exibição de dois filmes para a imprensa: “Mud”, do diretor americano Jeff Nichols, e “The Taste of Money”, do sul-coreano Im Sang-Soo. Neste ano, 22 longas disputam o prêmio. O vencedor será anunciado neste domingo.

Cena do filme "Mud", do diretor Jeff Nichols.
Cena do filme "Mud", do diretor Jeff Nichols. Foto: Reuters
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A competição pela Palma no Festival de Cannes chega ao fim sem um favorito absoluto, e a decisão do júri, agora, parece estar mais associada a uma questão de estilo. “Amor”, de Michael Haneke, “Holy Motors” de Leos Carax, “Beyond the Hills’, do romeno Cristian Mungiu, ou ainda “Na Neblina”, do ucraniano Sergei Loznitsa disputam a preferência da imprensa e dos espectadores. Hoje um outro filme entrou na lista: “Mud”, do diretor americano Jeff Nichols, recebido com entusiasmo pela plateia em Cannes, e um dos mais aplaudidos desta semana.

O longa conta a história de um fugitivo, que se esconde em um vilarejo no sul dos EUA e acaba conhecendo dois garotos, que decidem ajudá-lo em sua fuga. Procurado por assassinato, Mud, o personagem principal interpretado por Mathew Mc Conaughey, cometeu o crime para proteger a namorada, Juniper, que marca a volta da legalmente loira Reese Whiterspoon. Com ares de "Sessão da Tarde", o filme no início pode despertar a ira dos cinéfilos mais exigentes, mas pouco a pouco "Mud" traz à uma tona uma reflexão humana original sobre o sentimento de traição e decepção amorosa, através do olhar do garoto Ellis (Tye Sheridan).

O diretor Jeff Nichols revela que sofreu a nfluência de "Tom Sawyer", de Mark Twain, na concepção do rotreiro. Um livro que ele leu ainda garoto e nunca esqueceu. "É um filme sobre amor. Ellis, procura, desesperadamente, um tipo de amor de dê certo", disse o diretor na coletiva à imprensa logo depois do filme. Reese Whiterspoon, uma das atrações do longa, diz ter aceitado o papel porque era muito próximo de seu próprio universo. A atriz cresceu no estado do Louisana. “Poucos filmes mostram o sul dos Estados Unidos. Quando li o roteiro, sabia que o resultado seria autêntico", declarou.

“The Taste of Money”, a surpresa sul-coreana

O filme sul-coreano “The Taste of Money”, do diretor Im Sang-Soo, também foi bem recebido em Cannes, mas aparentemente não entrou na lista dos favoritos. Na história, Youngjak é a secretária de Madame Baek, dirigente de uma das indústrias mais poderosas da Coreia do Sul. Encarregada das questões particulares da família, ela vai aproveitar para tentar subir na vida utilizando todo tipo de subterfúgio, sem escrúpulos. “Acorrupção não é algo específico da Coreia do Sul. O colonialismo em termos territoriais acabou, mas continua a existir do ponto de vista ecônomico. Imigrantes sofreram para que as pessoas possam viver agradavelmente na Europa", disse o diretor depois da coletiva. "The Taste of Money" estreia nos cinemas em outubro.
 

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