Filme em linguagem de sinais mostra internato ucraniano
Em linguagem de sinais e sem legendas, estreou nesta quarta-feira (1), na França, o filme ucraniano “The Tribe” (A Tribo, em tradução livre). Durante mais de duas horas, o espectador mergulha no cotidiano cruel de um internato ucraniano para surdos-mudos, com momentos de violência e sexo.
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Grande Prêmio da Semana da Crítica no último festival de cinema de Cannes, o primeiro longa-metragem do cineasta ucraniano Myroslav Slaboshpytskyiy, já foi comprado por 26 países. “O objetivo foi de fazer um filme mudo contemporâneo e realista, fácil de se entender, sem precisar de palavras”, explica o diretor, que já em 2010 havia rodado um curta, “Silêncio”, sobre os surdos-mudos.
Violência e sexo
Em “The Tribe”, o adolescente Serguei vive em uma instituição especializada, onde um grupo de delinquentes dita as leis, das salas de aula aos dormitórios. Ao chegar ao internato, o jovem é espancado e humilhado. Aos poucos vai se impondo, até virar um dos líderes da “tribo” e seduzir Anna, uma aluna que se prostitui para um dia poder imigrar para a Itália.
“Há pessoas que vêem no filme uma metáfora do sistema social ucraniano”, explica o diretor, acrescentando que o longa foi baseado em suas próprias lembranças de escola.
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