Ricardo Guima: «Os Mambas mostraram frente ao Egipto que têm de ser mais valorizados»
Moçambique empatou a duas bolas frente ao Egipto na primeira jornada da fase de grupos do Campeonato Africano das Nações de futebol. Nesta sexta-feira, pelas 14h TMG, os "Mambas" vão defrontar os Tubarões Azuis numa partida que pode ser decisiva para o futuro na prova.
Publicado a:
Ouvir - 01:42
A selecção moçambicana regressou ao CAN, 14 anos depois da última participação.
A entrada na competição acabou por ser positiva com um empate a duas bolas frente ao Egipto, nação que venceu sete vezes a prova.
Os "Mambas" estiveram a vencer até ao tempo adicional da segunda parte, antes de sofrerem um golo de grande penalidade de Mohamed Salah que empatou a duas bolas.
O empate permite a Moçambique angariar um ponto e sonhar com os oitavos-de-final.
Para isso terá de alcançar um bom resultado perante Cabo Verde, no Estádio Félix-Houphouët-Boigny, em Abidjan, na Costa do Marfim, num encontro a contar para a segunda jornada do Grupo B.
A RFI falou com Ricardo Martins Guimarães, conhecido por Ricardo Guima, médio moçambicano de 28 anos, que participa pela primeira vez no CAN.
O atleta dos Mambas representa o Chaves em Portugal, também vestiu a camisola da Académica, do Sporting CP e da Oliveirense, em território luso, bem como o Lodzki na Polónia.
O internacional moçambicano foi eleito o melhor jogador em campo frente ao Egipto e falou à RFI sobre esse empate frente aos “faraós”. Ricardo Martins Guimarães deixou uma mensagem de esperança para o futuro, afirmando que os "Mambas" têm capacidade para alcançar a próxima fase da prova.
RFI: O que faltou frente ao Egipto?
Ricardo Guima: A vitória. Era o mais importante. Era então mais um passo histórico porque, lá está, é a primeira vez na competição, com o troféu de melhor jogador em campo, então só faltava a vitória para fazer um marco histórico. Infelizmente não conseguimos e ficou um sabor amargo. Deixa um sabor que poderíamos ter tido mais nesse jogo. Infelizmente, só ficámos com um ponto, mas deixámos tudo em campo. Agora é acreditar que no próximo jogo vamos alcançar os três pontos.
O arranque do jogo com um golo sofrido após um minuto e 30 segundos abalou a equipa?
Sinceramente, abalou-nos um bocadinho. Era importante não sofrermos nenhum golo até aos 15 minutos, mas depois no balneário conseguimos acordar a malta para a segunda parte. Reagimos muito bem na segunda parte e marcámos dois golos. Depois é futebol. Fica o sabor amargo que poderíamos ter angariado mais pontos.
Esse ponto dá esperança para o futuro?
Sim, claro, porque mais três pontos e está garantida a qualificação para os oitavos-de-final.
Qual é a sensação de participar neste CAN por Moçambique?
Obviamente é uma sensação inexplicável. Não dá para explicar, só estando cá e só sentindo. Estou orgulhoso. Ainda bem que estou a ser reconhecido. Fico feliz por ajudar a equipa. Esta selecção mostrou frente ao Egipto que tem de ser mais valorizada.
Qual seria a mensagem para o povo moçambicano?
A mensagem é simples: Vamos todos, vamos juntos. É o nosso lema e só assim faz sentido e só assim vamos chegar a algum lado.
Ricardo Guima, médio moçambicano 19-01-2024
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro