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França/Economia

Desemprego elevado leva S&P a rebaixar nota da França de AA+ para AA

A agência de notação financeira Standard and Poor's rebaixou hoje de um patamar a nota soberana da França, que passa de AA+ para AA com perspectiva estável no ranking. O presidente François Holande reagiu à decisão declarando que vai manter a atual política econômica de seu governo, que ele considera suficiente para garantir a confiança e a credibilidade dos investidores no país.

Sede da Standard & Poor's, uma das três principais agências de notação financeira do mundo, em Nova York.
Sede da Standard & Poor's, uma das três principais agências de notação financeira do mundo, em Nova York. Reuters
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Em seu comunicado, a S&P justificou o rebaixamento dizendo que devido ao alto nível de desemprego, o governo francês perdeu a margem de manobra financeira para realizar as reformas estruturais e setoriais necessárias ao fortalecimento da economia.

A agência americana estima que o desemprego na França continuará superior a 10% da população ativa até 2016 e dificilmente, nessas circunstâncias, o governo Hollande contará com apoio popular para fazer novos ajustes nas finanças públicas. As perspectivas de crescimento do país ficam prejudicadas a longo prazo, afirma o comunicado da S&P.

Os mercados reagiram rapidamente ao rebaixamento da nota francesa. Os juros dos títulos da dívida pública francesa com vencimento em 10 anos subiram para 2,39% na manhã desta sexta-feira, contra 2,15% no fechamento de ontem. A França já paga mais caro para se financiar nos mercados.

O primeiro-ministro Jean-Marc Ayrault e o ministro da Economia, Pierre Moscovici, declararam que a S&P não levou em conta as reformas que o governo socialista fez no último ano. Moscovici tentou minimizar as consequências do rebaixamento, enfatizando que a economia francesa é sólida e "o país continua tendo uma das notas mais altas da zona do euro".

No ranking da S&P, uma das três agências internacionais de notação de risco, a França ficou com a mesma nota concedida atualmente à Bélgica. Dos 17 países da zona do euro, Alemanha, Finlândia, Holanda e Luxemburgo conservam a nota máxima no ranking, AAA.

 

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