Novo rei promete "ímpeto de entusiasmo" a uma Bélgica dividida
O novo rei da Bélgica, Philippe, assumiu o trono do país neste domingo e se disse determinado a dar um “novo ímpeto de entusiasmo” a uma nação dividida entre os habitantes das regiões de Flandres, que falam flamengo, e da Valônia, francófonos. Ele assume no lugar do pai, Alberto II, que abdicou formalmente em favor do herdeiro também neste domingo.
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O novo monarca, de 53 anos, é o sétimo rei da história belga. Ele prestou juramento diante do Parlamento do país. Ele prometeu manter a independência nacional e a integridade do território da Bélgica.
Ele disse que fará “contatos construtivos” com os diferentes organismos do país. “Nós encontramos em cada momento o equilíbrio entre unidade e diversidade. A força da Bélgica é justamente dar um significado à nossa diversidade”, afirmou.
Mas o sentimento exposto pelo rei está longe de ser uma unanimidade. O líder do partido independentista flamengo N-VA, Bart De Wever, recusou o convite para as cerimônias e diversos membros da agremiação não aplaudiram o juramento do rei. A monarquia, sem poder de fato e apresentada como um dos últimos símbolos da unidade do país, é defendida pelo sul francófono, mas rechaçada em geral pelos flamengos.
Nas ruas, o público de cerca de 10 mil pessoas que foi assistir a aparição do novo monarca na sacada do palácio foi bem abaixo do esperado pelas autoridades.
Ao abdicar do trono, Alberto II demonstrou emoção e homenageou em tom informal sua mulher, Paola: “Eu gostaria simplesmente de agradecê-la. E (de lhe mandar) um grande beijo”, afirmou.
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