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"Grupo de contato" discute cessar-fogo no leste da Ucrânia

O chamado "grupo de contato", que reúne representantes da Rússia, da Ucrânia, dos separatistas e membros da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), volta a se encontrar nesta segunda-feira (1), em Minsk, na Belarus. O chanceler russo, Serguei Lavrov, disse que a reunião deve negociar um cessar-fogo imediato no leste da Ucrânia.

Blindado do exército ucraniano em Kramatorsk, região leste da Ucrânia.
Blindado do exército ucraniano em Kramatorsk, região leste da Ucrânia. REUTERS/Gleb Garanich
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O encontro acontece em meio à polêmica envolvendo a recente declaração do presidente russo, Vladimir Putin, que pediu a adoção de um modelo de estado para as regiões leste da Ucrânia. O Kremlin explicou que não se trata de uma proposta de independência dessas regiões. Mesmo assim, o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, acha que um conflito aberto com a Rússia está cada vez mais próximo e esse tema também estará presente nas discussões em Minsk.

O ministro da Defesa ucraniano, Valeriy Geletey, advertiu hoje que o país "está à beira de uma grande guerra com a Rússia". "Desde a Segunda Guerra Mundial, não se via uma grande guerra como esta que bate à nossa porta", afirmou Geletey. "Infelizmente, as perdas causadas por uma guerra não são calculadas em centenas, e sim em milhares de vítimas", acrescentou o ministro. 

"Batalhão de tanques russos"

Depois de combater por várias horas "um batalhão de tanques russos" no aeroporto de Lugansk, um dos bastiões separatistas, o exército ucraniano anunciou sua retirada do local. As tropas de Kiev enfrentaram forte resistência e foram obrigadas a recuar.

Grupos de direitos humanos da Rússia afirmam que cerca de 15 mil soldados russos foram enviados à Ucrânia nos últimos meses. Centenas deles teriam morrido em combate. O Comitê das Mães dos Soldados, principal organização que representa as famílias dos militares, estima que atualmente de 7 mil a 8 mil soldados russos estejam na Ucrânia. Porém, Moscou continua negando ter enviado ajuda militar aos separatistas do país vizinho.

Sanções

A Comissão Europeia tem uma semana, a partir de hoje, para preparar em caráter de emergência novas sanções contra Moscou. As propostas serão encaminhadas aos líderes europeus, que tomarão decisões "em função da evolução da situação no terreno". Diante da ameaça de novas sanções, Putin apelou para o "bom senso" dos europeus.

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