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Itália/Economia

Italianos fazem greve geral contra reforma trabalhista

Diversas centrais sindicais italianas programaram nesta sexta-feira (12) uma greve geral para protestar contra as políticas econômicas e sociais do governo do primeiro-ministro Matteo Renzi. A paralisação denuncia, principalmente, o projeto de reforma da legislação trabalhista que facilitará as demissões.

Passeata em Roma durante greve geral contra o governo de Matteo Renzi, em 12/12/14.
Passeata em Roma durante greve geral contra o governo de Matteo Renzi, em 12/12/14. REUTERS/Remo Casilli
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Passeatas foram programadas em 54 cidades italianas e estão previstas paralisações em diversos serviços públicos, além de atividades do setor privado. Em Roma, um desfile vai percorrer as ruas da capital. 

Pela manhã, os serviços de transporte ficaram bastante afetados, assim como os de saúde e de educação. Controladores de voo aderiram ao movimento provocando o cancelamento de vários voos. O tráfego aéreo ficou perturbado. A lei na Itália obriga os setores a garantir um serviço mínimo. 

A greve geral foi convocada pela principal central sindical italiana, a CGIL, de esquerda, mas com apoio da UIL, moderada, e da UGL, de direita.

No centro da polêmica, está o projeto de lei batizado pelos italianos de "Jobs Act", uma reforma que o governo pretende aplicar para gerar mais empregos. A lei visa flexibilizar as relações trabalhistas para facilitar as demissões sem justa causa pelas empresas que se encontrarem em dificuldades econômicas.

Além disso, o texto limita o recurso dos empregados demitidos à justiça e reduz a proteção social dos assalariados nos primeiros anos de contrato. Segundo o primeiro-ministro italiano, a lei atual representa um empecilho para o crescimento econômico, pois afasta os investidores e cria obstáculos para os empresários.

Mas, para os sindicatos, abolir os direitos conquistados pelos trabalhadores não resolve o problema dos desempregados e nem dos trabalhadores em situação precária.

As centrais sindicais também denunciam o projeto de orçamento de 2015 que teria medidas consideradas insuficientes para relançar a economia do país.

Desemprego em alta

A Itália, cuja população é de 60 milhões de pessoas, conta atualmente com cerca 22 milhões de trabalhadores em atividade, mas o índice de desemprego é estimado em 12% da população ativa. Ou seja, cerca de 3 milhões de pessoas, a maioria jovens, estão sem trabalho.

A última greve geral convocada pelas centrais sindicais aconteceu em dezembro de 2013 e durou pouco mais de três horas.

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