É uma fuga rocambolesca e envolta em mistério daquele que foi um dos líderes mais poderosos do setor automóvel do mundo. Carlos Ghosn, ex-presidente da Renault-Nissan, conseguiu escapar do Japão para o Líbano, a 30 de Dezembro, a bordo de um jacto particular, apesar de estar altamente vigiado em prisão domiciliaria, enquanto aguardava julgamento.
Acusado de fraude e desvio de dinheiro no Japão, Carlos Ghosn disse, em comunicado, que não fugiu, mas que escapou "da injustiça e da perseguição política".
Com nacionalidades libanesa, francesa e brasileira, o empresário não deveria ser extraditado nem pelo Líbano - que não tem acordo de extradição com o Japão - nem pela França - que não extradita os seus cidadãos nacionais. Entretanto, o Líbano recebeu um pedido de prisão da Interpol contra o magnata.
O advogado português Carlos Reis, a exercer em França, comenta o caso e avisa que o empresário, "um fugitivo", está condenado a viver em “prisões douradas”.
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