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França

Regionais francesas: forte abstenção, fracasso da extrema-direita e vitória dos cessantes

Cerca de 48 milhões de eleitores foram hoje chamados às urnas aqui em França no âmbito das eleições regionais e distritais, um escrutínio que, tal como na primeira volta, foi marcado por uma forte abstenção, da ordem dos 66%.

Uma eleitora votando em Liffré na Bretanha, no noroeste de França, na segunda volta das regionais, neste 27 de Junho de 2021.
Uma eleitora votando em Liffré na Bretanha, no noroeste de França, na segunda volta das regionais, neste 27 de Junho de 2021. © David Vincent/AP
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Esta votação marcou igualmente a confirmação da esquerda (PS) e da direita (LR) tradicionais nas regiões onde lideravam as administrações cessantes, sendo que nem o partido da maioria presidencial LREM, nem o RN, partido de extrema-direita de Marine le Pen, conseguiram conquistar sequer uma região.

Apesar de sondagens de opinião antevendo resultados mais significativos para a antiga Frente Nacional, a líder desta formação que concorre para as presidenciais de 2022, alcançou apenas um mandato de conselheira distrital com quase 60% dos votos no seu feudo de Henin-Beaumont, no extremo norte do país.

Alias, de acordo com os primeiros dados desta eleição, em constante actualização, na região de Hauts-de-France (no extremo norte) onde o cabeça de lista RN para as regionais Sébastien Chenu enfrentava o presidente cessante, o ex-republicano Xavier Bertrand, quem venceu foi o segundo com cerca de 52% dos votos, contra 26% a favor da extrema-direita.

Na Île-de-France (onde se insere a capital), a lista liderada pela presidente cessante da região, a antiga republicana Valérie Pécresse, saiu vitoriosa da segunda volta, com mais de 47% dos votos, segundo dados do instituto de sondagens Ifop.

Noutras regiões-chave como a PACA, Provence-Alpes-Côte-d'Azur onde o presidente cessante, o republicano Renaud Muselier estava a ser colocado em dificuldade por um antigo membro do seu partido que entretanto se ligou à extrema-direita, Thierry Mariani, a administração cessante venceu com 56% dos votos contra 44% a favor da lista adversa.

Na Auvergne-Rhône-Alpes, no centro e sul do país, o presidente cessante republicano Laurent Wauquiez obteve uma vitória confortável, com cerca de 55% dos votos, de acordo com as pesquisas.

Entretanto, na região da Bourgogne-Franche-Comté, quem venceu foi a presidente cessante, a socialista Marie-Guite Dufay em coligação com os ambientalistas e os comunistas, com mais de 42% dos votos, muito à frente do candidato LR Gilles Platret com um pouco mais de 24,4%.

Já na Bretanha, no noroeste do país, o presidente cessante da região, o socialista Loïg Chesnais-Girard alcançou uma curta vitória, sem maioria absoluta, com cerca de 29 a 30% dos votos.

Entre os dados a reter desta eleição, destaca-se a taxa importante de abstenção de cerca de 66%, o partido do Presidente Macron criado apenas em 2016 na perspectiva da corrida às presidenciais de 2017, conseguiu implantar-se dificilmente a nivel local, com uma média de 10% dos votos neste escrutínio. Indicadores que podem ser interpretados como uma dupla derrota para o partido da maioria que considerava estas eleições como um teste, a menos de um ano das presidenciais de 2022.

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