Paris proíbe movimento dos "Comboios da Liberdade"
O Procurador-geral de Paris anunciou a proibição de circulação dos chamados “Comboios da Liberdade", inspirados no movimento que surgiu no Canadá para protestar contra as restrições sanitárias, que previam bloquear a capital francesa a partir de sexta-feira e durante o fim-de-semana.
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“Vai ser aplicado um dispositivo específico (…) para impedir o bloqueio de estradas, verbalizar e contestar os infractores desta proibição“, afirmou o procurador-geral de Paris, em comunicado à imprensa.
Este fim-de-semana, perto de 7 200 polícias vão estar mobilizados até segunda-feira para garantir o respeito da proibição de manifestação.
Inspirados nas manifestações contrárias às restrições sanitárias do governo no Canadá, o movimento francês começou com opositores ao passaporte vacinal anunciando nas redes sociais que previam “bloquear Paris“.
Muitos comboios já partiram de Nice, Bayonne e Perpignan na quarta-feira, 9 de Fevereiro, com destino à capital francesa. Os manifestantes deveriam chegar esta sexta-feira à noite.
Segundo o jornal conservador Le Figaro, alguns deverão prosseguir até Bruxelas, na Bélgica, para uma “convergência europeia”, marcada para segunda-feira, 14 de Fevereiro.
A proibição foi defendida pelas autoridades sob a alegação de “evitar riscos de perturbação à ordem pública” e entrou em vigor esta sexta-feira até segunda-feira.
Em Paris, obstruir o trânsito é punível com dois anos de prisão, multa de 4500 euros, apreensão do veículo, redução de 50% na pontuação máxima da carta de condução e suspensão da carta de condução até três anos.
Através das redes sociais, do Facebook e do Telegram, milhares de cidadãos franceses mostraram vontade de protestar contra o passe da vacinal, imposto pelo governo de Emmanuel Macron desde 24 de Janeiro. Desde esta data, as pessoas que não estão vacinadas contra a Covid-19 não podem mais entrar em restaurantes, bares, pontos turísticos, a não ser que tenham recuperado recentemente do vírus.
O maior dos grupos, intitulado “O Comboio da Liberdade", somava mais de 300.000 membros na quarta-feira. A polícia parisiense garantiu que as punições vão ser aplicadas aos manifestantes que “bloquearem os principais eixos da capital francesa”, num protesto social que o movimento dos coletes amarelos.
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