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França

Paris proíbe movimento dos "Comboios da Liberdade"

O Procurador-geral de Paris anunciou a proibição de circulação dos chamados “Comboios da Liberdade", inspirados no movimento que surgiu no Canadá para protestar contra as restrições sanitárias, que previam bloquear a capital francesa a partir de sexta-feira e durante o fim-de-semana.

Nos últimos dez dias, as ruas junto ao Parlamento canadiano e do escritório do primeiro-ministro, Justin Trudeau, estão ocupadas por dizenas de camiões e manifestantes, 5 de Fevereiro de 2022.
Nos últimos dez dias, as ruas junto ao Parlamento canadiano e do escritório do primeiro-ministro, Justin Trudeau, estão ocupadas por dizenas de camiões e manifestantes, 5 de Fevereiro de 2022. REUTERS - BLAIR GABLE
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“Vai ser aplicado um dispositivo específico (…) para impedir o bloqueio de estradas, verbalizar e contestar os infractores desta proibição, afirmou o procurador-geral de Paris, em comunicado à imprensa.

Este fim-de-semana, perto de 7 200 polícias vão estar mobilizados até segunda-feira para garantir o respeito da proibição de manifestação.

Inspirados nas manifestações contrárias às restrições sanitárias do governo no Canadá, o movimento francês começou com opositores ao passaporte vacinal anunciando nas redes sociais que previam “bloquear Paris“.

Muitos comboios já partiram de Nice, Bayonne e Perpignan na quarta-feira, 9 de Fevereiro, com destino à capital francesa. Os manifestantes deveriam chegar esta sexta-feira à noite.

Segundo o jornal conservador Le Figaro, alguns deverão prosseguir até Bruxelas, na Bélgica, para uma “convergência europeia”, marcada para segunda-feira, 14 de Fevereiro. 

A proibição foi defendida pelas autoridades sob a alegação de “evitar riscos de perturbação à ordem pública” e entrou em vigor esta sexta-feira até segunda-feira.

Em Paris, obstruir o trânsito é punível com dois anos de prisão, multa de 4500 euros, apreensão do veículo, redução de 50% na pontuação máxima da carta de condução e suspensão da carta de condução até três anos. 

Através das redes sociais, do Facebook e do Telegram, milhares de cidadãos franceses mostraram vontade de  protestar contra o passe da vacinal,  imposto pelo governo de Emmanuel Macron desde 24 de Janeiro. Desde esta data, as pessoas que não estão vacinadas contra a Covid-19 não podem mais entrar em restaurantes, bares, pontos turísticos, a não ser que tenham recuperado recentemente do vírus.

O maior dos grupos, intitulado “O Comboio da Liberdade", somava mais de 300.000 membros na quarta-feira. A polícia parisiense garantiu que as punições vão ser aplicadas aos manifestantes que “bloquearem os principais eixos da capital francesa”, num protesto social que o movimento dos coletes amarelos.

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