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França/Legislativas

França/Legislativas: “A derrota do partido presidencial é total” - Mélenchon

“A França exprimiu-se, e é preciso dizê-lo, de forma insuficiente. O nível de abstenção é novamente demasiado elevado”, sublinhou o líder da França Insubmissa no discurso desta noite. Jean-Luc Mélenchon acrescentou que “a derrota do partido presidencial é total e não se perspectiva nenhuma maioria”.

Jean-Luc Mélenchon déposant son bulletin dans l'urne pour le second tour des élections législatives à Marseille, le 19 juin 2022.
Jean-Luc Mélenchon déposant son bulletin dans l'urne pour le second tour des élections législatives à Marseille, le 19 juin 2022. © ERIC GAILLARD/REUTERS
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Jean-Luc Mélenchon, que lidera igualmente a união das esquerdas, NUPES, começou por falar numa "situação totalmente inesperada e inédita” com os primeiros resultados da segunda volta das eleições legislativas.

"A derrota do partido presidencial é total e não se perspectiva nenhuma maioria", acredita Mélenchon que considera ainda que a NUPES conseguiu “o objectivo político que havíamos dado a nós mesmos": a diminuição do campo de Emmanuel Macron na Assembleia Nacional.

A França exprimiu-se, e é preciso dizê-lo, de forma insuficiente. O nível de abstenção é novamente demasiado elevado. O que significa que uma imensa maioria da população não sabe para onde se deve virar. O que faz com que estes três blocos [já saídos das presidenciais] continuem lado a lado, sem que saibamos se a NUPES termina em primeiro ou em segundo lugar”, evidenciou o político.

Quanto a mim, mudo de posto de combate, mas não mudo de lutas, que vão continuar até ao meu último suspiro”, garantiu o líder da esquerda radical que não era candidato às legislativas e terminou dizendo que o seu movimento não deve nunca renunciar a, um dia “ser aquele que governa o país". “Nenhuma manipulação ou arranjo politico arranjo nos privará dessa responsabilidade”, concluiu.

Segundo as projecções Ipsos/Sopra Steria, o campo do Presidente Emmanuel Macron sai fragilizado destas eleições legislativas, a coligação “Ensemble” deve obter 224 lugares no hemiciclo.

O porta-voz do governo Gabriel Attal reconheceu que o resultado "está longe do que esperávamos. Os franceses não nos deram a maioria absoluta. É uma situação sem precedentes que nos vai obrigar a superar as nossas certezas e as nossas divisões".

A esquerda unida, NUPES - Nova União Popular, Ecológica e Social, liderada por Jean-Luc Mélenchon deverá ficar em segundo lugar com a eleição de 149 deputados. Posição que lhe atribui a liderança da oposição.

Com um resultado histórico, a extrema-direita de Marine Le Pen deve conseguir ocupar 89 cadeiras na Assembleia Nacional. Marine Le Pen disse, este domingo, estar muito satisfeita com o facto de "o povo ter decidido enviar um grupo parlamentar muito poderoso para a Assembleia".

Com 78 deputados deve ficar a aliança Os Republicanos, União dos Democratas Independentes e Diversos de Direita, posição que pode deixar esta aliança em posição de ‘árbitro” parlamentar.

Nesta segunda volta das eleições legislativas, mais do que um eleitor em dois não foi votar. A abstenção atingiu os 54%, em alta de um ponto percentual em relação à primeira volta. Todavia, a abstenção deste domingo é inferior à segunda volta das legislativas de 2017, 57.36%.

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