França: Novas violências em novo dia de manifestações
Décima primeira jornada de greves e manifestações em França, um dia depois do encontro falhado entre sindicatos e executivo. Os manifestantes protestam contra a reforma do sistema nacional de pensões. Duas horas após o início do cortejo parisiense, junto da torre de Montparnasse, aconteceram os primeiros episódios de violência.
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A central sindical CGT alega que, só em Paris, manifestaram-se 400 000 pessoas, menos 50 000 do que na semana passada.
Os sindicatos franceses já tinham alertado para o possível descontrolo das manifestações e esta quinta-feira, 6 de Abril, acabou por não ser diferente. Duas horas depois do início do cortejo em Paris, junto à torre de Montparnasse, no restaurante La Rotonde, várias vezes frequentado por Emmanuel Macron, começaram os primeiros confrontos entre polícia e manifestantes.
No dia seguinte a uma tentativa de diálogo entre a intersindical e o executivo francês, o país voltou a mobilizar-se esta quinta-feira com manifestações, greves e bloqueios em toda a França contra a reforma das pensões, projecto de lei aprovado sem votação parlamentar pelo executivo de Emmanuel Macron.
Ontem o encontro entre Elisabeth Borne e a intersindical acabou por ser um "falhanço" segundo os sindicatos, que falaram em "crise democrática", depois de a primeira-ministra ter recusado retirar o texto da reforma nacional das pensões. Elisabeth Borne por seu lado continua a sublinhar “a necessidade desta reforma”.
Entretanto, sindicatos e Governo esperam pela decisão do Conselho Constitucional, que a 14 de Abril se pronunciará sobre a constitucionalidade deste texto.
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