Papa Francisco alerta para o flagelo da migração no Mediterrâneo

O Papa Francisco termina, este sábado, 23 de Setembro, uma visita a Marselha, onde participou no encerramento dos encontros do Mediterrâneo, um festival interreligioso. O sumo pontífice deixou uma mensagem muito clara: alertar para o flagelo da migração no mar Mediterrâneo.

O papa Francisco termina, este sábado, uma visita a Marselha, onde participou no encerramento dos encontros do Mediterrâneo, um festival interreligioso. AFP - NICOLAS TUCAT

“Não nos habituemos a considerar os naufrágios como meras notícias de jornal, nem os mortos no mar como números”, foi assim que o chefe supremo da Igreja Católica começou por falar sobre o tema da migração, na cidade em Marselha.

O Papa Francisco deixou uma mensagem muito forte, esta sexta-feira, quando rezou diante de um monumento erguido na cidade em nome de todos aqueles que morreram no mar.

O sumo pontífice disse ainda que é um dever da humanidade socorrer os migrantes que correm o risco de se afogar. Estas declarações assumem uma importância relevante, numa altura, que só na semana passada chegaram à ilha de Lampedusa cerca de 11 mil migrantes.

Papa Francisco reúne-se com Macron

Este sábado, o Papa encontrou-se com o Presidente francês, Emmanuel Macron, mas recordo que Francisco já tinha dito que esta não é uma visita de estado a França, mas sim a Marselha.

Ao início da tarde, o líder da Igreja Católica fará um percurso no papamovel. No trajecto por onde o papa vai passar são esperadas cerca 100 mil pessoas. Depois, vai celebrar uma missa no estádio de Velodrome, que este sábado se transforma numa verdadeira catedral a céu aberto e que espera cerca de 57 mil fiéis.

Às 7h15 da tarde, o papa regressa ao Vaticano, depois de ter passado pouco mais de 24 horas no sul de França.

Esta é a 44ª deslocação ao estrangeiro do Papa Francisco, que agora se desloca em cadeira de rodas. No início de Setembro, o sumo pontífice admitiu que viajar “já não era tão fácil como no início”.