Médio Oriente: Macron promete "tudo" fazer para salvar os reféns franceses
O Presidente francês dirigiu-se ontem à Nação para abordar a situação no Médio Oriente. Ao expressar solidariedade para com Israel, Emmanuel Macron apelou a uma resposta "forte e justa". O Presidente francês prometeu igualmente "tudo" fazer para salvar os reféns franceses detidos desde o fim-de-semana pelo Hamas e apelou a população à "unidade" perante o risco de "importação" do conflito no país.
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Ontem à noite, num discurso solene transmitido na televisão, Emmanuel Macron reiterou o posicionamento assumido pela França desde o ataque do Hamas em Israel, expressando a solidariedade do país para com o Estado Hebreu. Contudo apelou igualmente para que Israel preserve a vida dos civis.
"Não é uma guerra entre os israelitas e os palestinianos. É uma guerra liderada por terroristas contra uma Nação, um país, uma sociedade e valores democráticos. Israel tem o direito de se defender, mas preservando as populações civis porque ai é que está o dever das democracias" declarou o Chefe de Estado.
Ao dar conta ontem de uma 13ª vítima francesa do conflito no Médio Oriente e ao referir que actualmente 17 outros concidadãos são dados como desaparecidos, o Presidente francês garantiu que iria fazer "tudo" para salvar os reféns franceses detidos desde o passado fim-de-semana pelo Hamas e cujas famílias lhe pediram uma intervenção directa.
Num aspecto mais interno, o Presidente da república apelou à calma face ao risco de "importação" do conflito em França e mandou recados a um dos seus opositores, o partido de esquerda 'A França Insubmissa' que tem sido acusado de não ter condenado de forma inequívoca o ataque do Hamas.
"Aqueles que confundem a causa palestiniana e a justificação do terrorismo, cometem um erro moral, político e estratégico. Não enveredemos, aqui no nosso país, em aventuras ideológicas por imitação, por projecção. Peço-vos isto: fiquemos unidos", apelou o Presidente francês.
Refira-se que apesar de as manifestações pró-palestinianas terem sido proibidas ontem pelo governo que diz recear desacatos, houve uma série concentrações de solidariedade para com os palestinianos, nomeadamente aqui em Paris onde 3 mil pessoas se reuniram na emblemática Place de la Republique, em Rennes no oeste do país ou ainda em Bordéus no sudoeste.
Ontem à noite, também chegou o primeiro voo de repatriamento de mais de 300 franceses que estavam bloqueados em Israel, tendo sido anunciada a deslocação da chefe da diplomacia francesa a Israel neste domingo.
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