França acolhe cimeira mundial de mulheres presidentes de parlamentos
Paris – A cimeira de Paris de mulheres presidentes de parlamentos decorreu estas quarta e quinta-feiras. Presente está Carolina Cerqueira, presidente da Assembleia nacional de Angola, chefiando uma delegação de parlamentares incluindo Florbela Malaquias do Partido humanista angolano, bem como Rosa Branca Albino, do MPLA e Albertina Navita Ngolo da UNITA.
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Esta foi uma organização fundada em 2003 por Silvana Koch-Mehrin, antiga vice-presidente do Parlamento europeu.
Este fórum é um espaço de partilha de experiências entre mulheres dirigentes de todo o mundo sobre os avanços e os desafios que se colocam quanto à igualdade entre géneros, a participação e oportunidades para as mulheres no mundo.
Florbela Malaquias, deputada do Partido humanista angolano, começa por se referir à audiência que a delegação do seu país manteve com a anfitriã, a presidente da Asssembleia nacional da França, durante a qual Yaël Braun-Pivet foi convidada a visitar Angola.
"Logo no dia 5 a presidente do Parlamento francês, senhora Yaël Braun Pivet, recebeu a presidente da Assembleia Nacional de Angola e sua delegação, à margem da Cimeira das Presidentes dos Parlamentos.
Nessa ocasião, a presidente da Assembleia Nacional de Angola, Dra. Carolina Cerqueira, formulou um convite à sua homóloga presidente do Parlamento francês, Senhora Yaël Braun-Pivet a fazer uma visita oficial a Angola. As actividades iniciaram-se, seguidas da conferência com mulheres inspiradoras como a senhora Oleksandra Matviïtchouk, Prémio Nobel da Paz 2022, e a senhora Nancy Pelosi, membro da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos. A agenda é bastante recheada nesta luta que consideramos ser de todos uma luta pelos direitos da mulher, pelos direitos humanos."
A deputada angolana sublinha que as mulheres parlamentares se colocaram na linha da frente da luta efectiva entre homens e mulheres.
"As mulheres parlamentares colocam-se assim na linha da frente da luta pela igualdade efectiva entre homens e mulheres, por forma a que todas as leis que já foram feitas neste sentido sejam aplicadas. É imperioso que se ponha termo à violência contra as mulheres, sobretudo e não só em áreas de conflito, em violação da lei internacional, pôr-se fim também ao uso da violação como arma de guerra, à restrição dos direitos sexuais, da saúde reprodutiva e dos casamentos forçados, à maternidade precoce, à mutilação genital, ao abandono escolar ou mesmo à falta de acesso à escola. Qualquer ser humano de boa fé consegue perceber, a partir desta lista de violências, que a mulher é vítima de horrores que precisam de ser estancados."
Deputada angolana Florbela Malaquias sobre fórum de Paris
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