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Neve/Aviação

Tráfego aéreo volta ao normal no aeroporto internacional de Paris

Após uma semana complicada, com a anulação de praticamente metade dos voos partindo da capital francesa, a situação no aeroporto Roissy-Charles de Gaulle, o terceiro maior da Europa, volta ao normal. Neste sábado todos os aviões puderam decolar, mas cerca de 200 pessoas ainda tiveram que passar a véspera de Natal no local.

Nunhuma anulação de voo foi solicitada pelas autoridades aeronáuticas francesas neste sábado.
Nunhuma anulação de voo foi solicitada pelas autoridades aeronáuticas francesas neste sábado. Reuters
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Sem tempestade de neve e com temperaturas mais clementes, a situação volta aos poucos ao normal do aeroporto parisiense, um dos mais perturbados pela neve neste fim de ano. Ao contrário dos dias anteriores, neste sábado nenhuma anulação de voo foi solicitada pela administração aeronáutica civil (DGAC).

No entanto, quem tentou viajar na véspera de Natal teve que improvisar a ceia no aeroporto e cerca de 200 passageiros tiveram que acampar mais uma noite no local. Funcionários do aeroporto percorreram os terminais distribuindo caixas com brinquedos e uma missa foi celebrada para marcar o Natal. O secretário francês dos transportes, Thierry Mariani, visitou o aeroporto pouco antes de meia-noite e prometeu procurar os responsáveis pelos atrasos dos últimos dias.

Na manhã deste sábado a ministra francesa dos Transportes, Nathalie Kosciusko-Morizet, visitou o aeroporto. Durante sua passagem ela anunciou que um grupo de inspeção será criado para avaliar o episódio e um parecer deve ser emitido no dia 10 de janeiro. 

Administração do aeroporto é criticada

A empresa Aéroports de Paris (ADP), que administra Roissy-CDG, está sendo apontada como a grande responsável pelos transtornos registrados nos últimos dias. Na sexta-feira, o diretor executivo das companhias aéreas Air France-KLM, Pierre-Henri Gourgeon, criticou abertamente a ADP, que não teria previsto estoques suficientes de glycol, o produto usado para derreter o gelo dos aviões. Para suprir as necessidades de descongelamento das aeronaves, um carregamento de glycol teve que ser importado dos Estados Unidos e do Canadá e uma terceira remessa será enviada da Alemanha neste fim de semana.

O diretor da ADP, Pierre Graff, se defendeu das acusações de negligência, dizendo que essa foi a primeira vez que algo do gênero aconteceu desde que o aeroporto foi construido. Durante sua visita ao aeroporto, a ministra dos Transportes lembrou que apesar da possível penúria de glycol, o trabalho de informação e de assistência aos passageiros em situações de crise é responsabilidade das companhias aéreas.
 

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