Polícia francesa procura atirador que espalha pânico em Paris
Policiais franceses contam até com o apoio de helicóptero na caçada de um homem que foi levado à avenida Champs Elysées depois de ter feito um motorista como refém. O seqüestro aconteceu momentos depois de disparos realizados contra o prédio de um banco localizado em um complexo empresarial francês, perto de Paris. Ainda durante a manhã, um atirador abriu fogo na sede do jornal Libération, no centro da capital, ferindo gravemente um fotógrafo de 27 anos.
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No final da tarde, a polícia revelou ter pistas sobre um único suspeito, cujas fotos estão sendo divulgadas pela mídia francesa, e disse acreditar que os dois incidentes de hoje estejam relacionados. Um apelo foi lançado para que os testemunhas colaborassem com as investigações.
De Israel, onde está em visita oficial, o presidente francês, François Hollande afirmou nesta tarde que a prioridade das forças de segurança é de prender o quanto antes o autor dos disparos. O chefe de Estado considera que o atirador é uma ameaça à vida dos cidadãos e que ele pode dar seqüência às violências.
Tiros foram disparados na manhã desta segunda-feira na frente de um prédio do banco Société Générale, no bairro La Défense, nos arredores de Paris onde se encontram as sedes de várias grandes empresas francesas. Segundo testemunhas, o homem estava sozinho e abriu fogo em local público na frente do imóvel do banco.
Dezenas de policiais foram mobilizados e cercaram o local para realizar as investigações. Um das fontes que acompanha o caso afirmou que o atirador disparou pelo menos três vezes em direção à fachada de vidro do edifício, por volta das 11 horas e 40 minutos da manhã. Pessoas não teriam sido visadas pelo atirador.
O responsável pela segurança do banco Société Générale disse que um homem tinha uma grande espingarda escondida em um casaco e descarregou um cartucho de balas contra o exterior do imóvel, quebrando uma vidraça.
Um consultor do setor de telecomunicações que presta serviços para a Société Générale testemunhou a cena enquanto fumava um cigarro na entrada do prédio.
“De repente ouvi um barulho forte. Vi um tipo com um boné, com uma espingarda nas mãos”, afirmou. Segundo essa fonte, o homem tinha cerca de 40 anos e vestia um casaco de cor cáqui e um boné antigo de tecido estampado. “Ele não mirou em ninguém. Ele atirou novamente para o ar e atingiu o vidro”.
No primeiro disparo, as pessoas ficaram assustadas, mas no segundo, houve um momento de pânico. Na seqüência, o homem desceu por uma escadaria que dava acesso à rua por onde fugiu.
Seqüestro
Na sequência, um homem tomou um motorista como refém e o obrigou a deixá-lo na avenida Champs Elysées, a mais famosa de Paris. Policiais com apoio de um helicóptero participam da caçada a este homem.
Pela manhã, às 10h15 no horário local, 7h15 em Brasília, um homem armado com uma espingarda invadiu a sede do jornal Libération e abriu fogo, deixando gravemente ferido o assistente de um fotógrafo atingido no abdômen e no tórax. A vítima de 27 anos foi transportada para o hospital e seu prognóstico de vida está comprometido. O atirador fugiu.
Policiais cercaram as ruas em torno do jornal. A polícia tenta estabelecer uma ligação entre o incidente desta segunda-feira no Libération com outro semelhante, ocorrido na sexta-feira, na sede do canal de televisão BFMTV, em que um homem armado invadiu a sede da emissora, ameaçando jornalistas, antes de fugir.
Até o momento não há confirmação de que todas essas ações possam ter sido cometidas pelo mesmo homem.
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