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França

França tem 3,5 milhões de pessoas morando em situação precária

Um relatório divulgado nesta terça-feira (3) em Paris, realizado pela Fundação Abbé Pierre, mostra que 3,5 milhões de franceses moram em condições precárias ou simplesmente não têm domicílio. Em uma década, o contingente de sem-teto aumentou 50% em todo o país. No final de 2012, a França tinha 111,5 mil adultos e 30 mil crianças vivendo nas ruas.

Com a onda de frio os moradores de rua são as pessoas mais vulneráveis.
Com a onda de frio os moradores de rua são as pessoas mais vulneráveis. France 24
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O estudo da Fundação Abbé Pierre, que abrange o período de 2010 a 2012, observa que o perfil dos moradores de rua se diversificou. Com a crise econômica, cresceu o número de famílias, jovens, candidatos ao asilo e doentes mentais sem domicílio.

A fundação distingue várias categorias de pessoas em situação de risco. Segundo o estudo, cerca de 3,2 milhões de pessoas moram em alojamentos super lotados. Dos 3,5 milhões de franceses vivendo em habitações precárias ou nas ruas, os que ainda conseguem se abrigar moram em pensões, campings, construções insalubres e favelas. O país tem 1,8 milhão de candidatos na fila de espera de um alojamento fornecido pelo Estado.

O delegado-geral da Fundação Abbé Pierre, Christophe Robert, constata que as dificuldades no setor habitacional são agravadas pela conjuntura econômica. "O desemprego aumentou, assim como o número de traalhadores pobres, enquanto os preços dos imóveis explodiram nos últimos anos", constata Robert.

"A mobilidade social tornou-se uma coisa rara. Depois que a pessoa cai no circuito da precariedade, é difícil ela conseguir se reabilitar", afirma Manuel Domergue, diretor de pesquisas da fundação. Ele também constata que cada vez mais pessoas dependem dos programas assistenciais de urgência do Estado.

Governo reage com plano trienal

O governo francês informou que vai lançar um plano nacional de habitação para os próximos três anos. Entre as medidas de emergência para combater o déficit habitacional, a ministra da Habitação, Sylvia Pinel, pretende melhorar o acesso à moradia popular para os mais desfavorecidos e, gradualmente, abandonar o pagamento de noites de hotel para os sem-teto. A ideia, neste caso, é encontrar uma solução definitiva para as famílias, não apenas no período do inverno.

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