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França

Salah Abdeslam preso mas subsistem ameaças de atentados

A prisão do terrorista Salah Abdeslam, esta sexta-feira, 18 de março, em Bruxelas, um dos principais cabecilhas dos atentados de novembro em paris, é "uma etapa importante na luta contra o terrorismo", mas temos que estar sempre vigilantes, declarou hoje, o primeiro-ministro francês.

Salah Abdeslam, o terrorismo franco-marroquino, preso ontem em Bruxelas, será extraditado para França.
Salah Abdeslam, o terrorismo franco-marroquino, preso ontem em Bruxelas, será extraditado para França. (Reuters)
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"Evidentemente que felicitamos a prisão de Salah Abdeslam", ontem em Bruxelas, mas sublinhou o primeiro-ministro francês, a "ameaça permanece muito elevada", em declarações à imprensa este sábado, 19 de março.

É uma etapa importante na luta contra o terrorismo", mas a "ameaça continua alta ou tão alta, para atentados, como aconteceu a 13 de novembro, em Paris e Saint-Denis, arredores da capital francesa, acrescentou o primeiro-ministro, Manuel Valls.

O primeiro-ministro francês, que falava à margem da Feira do livro de Paris, foi mais longe ao dizer que "outras redes e células de indivíduos, em França e na Europa, organizam-se para preparar novos atentados".

De notar, aliás, que Salah Abdeslam, um dos principais cérebros dos atentados de novembro, esteve no começo de outubro na Alemanha para recuperar três cúmplíces, num lar de refugiados, nesse país, declarou hoje o canal de televisão e rádio alemão, SWR.

Aliás, o inquérito da polícia belga, afirma ainda o mesmo canal alemão, o terrorista franco-marroquino, Salah Abdeslam, tinha alugado um carro, em Bruxelas, nos dias 2 e 3 de outubro, para se deslocar à cidade de Ulm, no sul da Alemanha, onde ficou apenas algumas horas, regressando, logo na primeira noite, à Bélgica.

De notar  que, o ministério público belga, indiciou hoje, Salah Abdeslam, de "crime de assassínios e terrorismo" referência aos atentados de Paris, em novembro do ano passado. Salah Abdeslam, que nasceu, na Bélgica, mas de nacionalidade francesa, tem origens marroquinas.  

Por seu lado, já no início desta noite de sábado, durante uma conferência de imprensa, o procurador de Paris, François Molins, indicou que Salah Abdeslam, declarou à justiça belga, que a sua intenção, era "fazer-se explodir, no estádio de S. Denis, por ocasião dos atentados de novembro, mas que fez marcha atrás".

O procurador de Paris, convidou a imprensa a ter em conta estas declarações do terrorista francês, "com precaução".

Salah Abdeslam, que foi preso na companhia de outros três cúmplices ficou ferido numa perna na altura da intervenção da polícia belga, internado no hospital para curativos, teve alta ontem, e foi levado para a prisão de alta segurança de Bruges.

Pelo menos dois outros cúmplices conseguiram escapar-se e são procurados pela polícia europeia, tendo sido encerradas as fronteiras europeias.

01:38

João Matos sobre reacções à prisão de Salah Abdeslam

Salah Abdeslam, que deve voltar a ser ouvido pela justiça belga, na quarta-feira, começou por declarar no interrogatório deste sábado que não queria ser extraditado para França, mas como há acordos europeus nesse sentido, ele não tem outra saída, senão, vir responder perante a justiça francesa pelos seus actos cometidos nos atentados de novembro do ano passado, que fizeram 130 mortos, em Paris e S. Denis.

A decisão definitiva sobre a transferência de Salah Abdeslam da Bélgica para França, deve intervir num prazo máximo de 3 meses, a contar da data da sua prisão, precisou ontem à noite, o procurador de Paris, François Molins.

00:43

François Molins, Procurador de Paris.

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