Polícia francesa desloqueou bombas de gasolina?
Desta sexta-feira à noite para hoje, a polícia francesa conseguiu desbloquear grande parte das bombas de gasolina em França, por sindicalistas e manifestantes para protestarem contra a nova lei do trabalho.
Publicado a: Modificado a:
Há vários dias que se falava num desbloqueamento das gazolineiras, depois de semanas de bloqueio por um movimento social formado por sindicalistas e manifestantes furiosos contra a nova lei do trabalho em fase final de adopção em França.
A noite passada passada, 27 de maio, forças da ordem francesas intervieram para pôr fim ao bloqueio, que já prejudicou imensamente a economia francesa, sacudida há vários anos por protestos e movimentos de greve em vários sectores da vida económica em França.
Uma economia francesa que deixou de criar empregos efectivos há décadas e que lança para o desemprego a maioria dos jovens franceses.
Esta é pois uma das razões da reforma do código do trabalho, para flexibilizar o mercado de trabalho, facilitando assim a criação de empregos, mas os sindicatos, dizem o contrário, que a reforma vai acentuar o desemprego em França.
Este movimento de bloqueio de bombas de gasolina dispersas pelo país, nasceu assim deste descontentamento generalizado na sociedade francesa.
As autoridades francesas decididas a levar à frente esta reforma laboral, mesmo se se tiver que incluir nela algumas emendas, teve de intervir para começar a desloquear os postos de abastecimento de gasolina.
Gazolineiras, onde a penúria de gasóleo fuel e gasolina já se começa a sentir-se, pondo em perigo vários ramos da já sofrida economia francesa que regista uma das mais altas taxas de desemprego dos jovens em todo o mundo ocidental.
O desbloqueio está em curso tanto mais que ainda há muitas refinarias bloqueadas ou que registam uma baixa produção.
É o caso do terminal petrolífero do porto de Havre, no norte da França, o epicentro destas últimas tensões e protestos em França, às quais se juntam manifestações nocturnas na Praça da República de jovens excitados por uma esquerda radical, contra a reforma do código do trabalho.
Os próximos dias serão decisivos, tendo em conta que vários sindicatos, tendo na linha da frente a confederação sindical comunista CGT, anunciam manifestações greve geral para o mês de junho.
O primeiro-ministro, Manuel Valls, que recebeu este sábado, representantes do sector petrolífero, garantiu a melhoria da situação nos próximos dias.
Crónica de João Matos
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro