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França/Política

Presidenciais em França: 15 minutos para convencer

A última emissão televisiva com os 11 candidatos presidenciais antes da primeira volta das eleições ficou marcada pelo ataque ocorrido junto ao Arco do Triunfo, em Paris.

Os onze candidatos presidenciais na emissão “15 minutos para convencer”.
Os onze candidatos presidenciais na emissão “15 minutos para convencer”. REUTERS/Martin Bureau/Pool
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A três dias só sufrágio, ontem à noite, os 11 candidatos foram os convidados da emissão “15 minutos para convencer” da France 2. Uma emissão televisiva marcada pelo ataque, em simultâneo, nos Campos Elíseos, que vitimou mortalmente um polícia e feriu dois.

O primeiro candidato a intervir na emissão foi Jean-Luc Mélenchon que evocou o seu projecto de uma Assembleia constituinte para uma VI República. O candidato da França Insubmissa que se apresentou no programa com um despertador, pois segundo ele está na hora do país despertar.

Seguiu-se Marine Le Pen que escolheu o terrorismo como carta-branca e tentou esclarecer os telespectadores sobre a sua proposta de saída do Euro: “eu não farei ninguém sem o povo francês, nem contra ele”, afirmou a candidata do partido de extrema-direita Frente Nacional.

Distante nas sondagens, Benoît Hamon, candidato do Partido Socialista, lamentou o facto de não ser realizado um “debate democrático” e resumiu o programa a “monólogos”.

Emmanuel Macron, candidato do movimento En Marche! Foi o primeiro a reagir ao ataque que teve lugar nos Campos Elíseos, aproveitou para se mostrar solidário com as forças de segurança e igualmente com a família da vítima mortal.

O candidato da direita, François Fillon, foi na mesma linha e aproveitou o momento para desenvolver a suas propostas contra o terrorismo: destituição da nacionalidade aos jovens que partem para a Síria, julgamento por espionagem a proveito de aliados terroristas, proibição de movimentos salafistas ou de Irmandade Muçulmana.

Os onze candidatos dedicaram quase em exclusivo o tempo de antena final ao atentado, condenando unanimemente o ataque.

Jean-Luc Mélenchon partilhou um pensamento emocionado para com a família do polícia morto e apelou para que não se ceda ao pânico. François Fillon pediu a suspensão da campanha: “no contexto que vivemos, não há condições para a continuidade da campanha eleitoral”.

A candidata da Frente Nacional que homenageou as forças de segurança que “pagam uma factura pesada” na luta contra o terrorismo. Marine Le Pen disse querer pôr em prática um “plano de ataque” contra “oeste terrorismo islâmico”.

Benoît Hamon, candidato socialista, apelou a que a França se mostre “implacável” face a estas situações. Este ataque “relembra-nos que estamos no meio de uma crise. Uma crise que não é nem económica nem social, mas sim ligada ao assalto de forças que detestam o nosso modelo democrático, que nos querem dividir, enfraquecer”.

Emmanuel Macron, por seu turno, afirmou estar pronto para proteger os franceses e alertou que o país não “deve ceder ao medo”. O candidato do movimento En Marche! Decidiu igualmente anular a suas acções de campanha para esta sexta-feira.
 

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