A campanha entra na sua fase final
Só falta uma semana até o final da campanha eleitoral e a tensão está a subir entre os dois finalistas desta segunda volta enquanto o líder da esquerda radical confirma que não vai dar indicação de voto
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Num vídeo publicado esta Sexta-feira no canal youtube, o líder do movimento a "França Insubmissa" disse que não vai dar indicação de voto. Jean-Luc Mélenchon referiu que não vai votar Frente Nacional, contudo acrescentou que também não vai aderir ao projecto de Emmanuel Macron.
Por outro lado, a candidata da extrema-direita Marine Le Pen lançou hoje um apelo nas redes sociais aos eleitores de Jean-Luc Mélenchon pedindo-lhes que deixem as disputas e divergências de parte ressaltando a necessidade de impedir a vitória de Emmanuel Macron.
Este último visitou ontem um bairro popular nos arredores de Paris. Aproveitou a ocasião para abordar a temática da imigração, criticando o discurso xenófobo da adversária.
Marine Le Pen tem-se mostrado muito activa nesta campanha para a segunda volta das presidenciais contudo os últimos escândalos que acabaram na demissão do presidente interino da Frente Nacional, Jean François Jalkh, após as afirmações sobre o genocídio dos Judeus e o facto o Parlamento Europeu ter avaliado em quase cinco milhões de Euros, as potenciais perdas com os salários que foram pagos, de forma fraudulenta, entre 2012 e 2017, a assistentes de eurodeputados da Frente Nacional, podem colocar Marine Le Pen em maus lençóis.
Perigo abstencionista
Os partidários e simpatizantes do líder da esquerda radical Jean-Luc Mélenchon são alvos de todas as atenções. Durante esses últimos dias, os militantes da Frente Nacional divulgaram folhetos nos quais ressaltava-se pontos comuns entre os programas económicos de ambas as formações.
Segundo o vespertino le Monde que entrevistou apoiantes do Mélenchon, "embora uma minoria esteja disposta em votar para a candidata da extrema-direita, muitos decidiram que não iriam deslocar-se nas mesas de voto."
Segundo uma sondagem do diário de esquerda Liberation divulgado no 25 de abril, 41% dos votos a favor do Macron fizeram-o por acreditar que "não haveria outra alternativa", sem aderir ao seu projecto.
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