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França

Emmanuel Macron: "a batalha será dura !"

Emmanuel Macron, em comício hoje em Paris, recusou abandonar a reforma do direito do trabalho, adoptada pelo governo cessante. Este fora um pedido formulado na véspera por Jean-Luc Mélenchon, da esquerda radical, quarto candidato mais votado na primeira volta.

Emmanuel Macron no seu comício de Paris,de 1 de Maio de 2017.
Emmanuel Macron no seu comício de Paris,de 1 de Maio de 2017. RFI/Pierre René Worms
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O centrista Emmanuel Macron que obteve 24% de votos na primeira volta e se define como "nem de direita, nem de esquerda" começou este Dia do Trabalhador com uma homenagem ao jovem marroquino de 29 anos Brahim Bouarram, morto em em Paris em 1995 por "skinheads" que o atiraram ao rio Sena onde se afogou, isto à margem de uma manifestação de apoio à Frente Nacional então dirigida por Jean Marie Le Pen.

O candidato do movimento En Marche, acompanhado pelo antigo edil socialista de Paris Bertrand Delenoë,  denunciou as "raízes extremistas vivazes" da Frente Nacional e recordou que ainda na semana passada Marine Le Pen, negou a responsabilidade da França na deportação de 13 mil judeus de Vél d'Hiv em 1942. 

O candidato da extrema esquerda Jean Luc Mélenchon que obteve 19,6% de votos, apelou ao voto contra "o terrível erro" de um voto na Frente Nacional, mas não deu indicação de voto aos seus apoiantes, também participou nesta homenagem, mas não discursou.

Emmanuel Macron que tem multiplicado as comemorações sobre o tema luta contra o extremismo realizou o seu comício parisiense em La Villette, na presença de Ségolène Royal, ministra cessante do ambiente e antiga candidata derrotada dos socialistas às eleições presidenciais de 2012.

O candidato afirmou perante 10 000 pessoas que manteria a reforma do direito do trabalho, adoptada pelo governo cessante.

E isto quando na véspera Jean-Luc Mélenchon, da esquerda radical, quarto candidato mais votado na primeira volta, lhe pedira tal medida.

Mélenchon que por ora recusa revelar se votará por Macron ou em branco, tendo meramente formulado a sua hostilidade em relação à outra finalista desta segunda volta.

Macron alegou que a Frente Nacional é "o partido da anti França" classificando esse movimento político como sendo o "dos agentes do desastre, os instrumentos do (cenário) do pior... eles utilizam a ira, propagam a mentira, há décadas que suscitam o ódio, fomentam as divisões, impõem os seus discursos de discriminação".

Contrariamente ao que sucedeu em 2002, quando os franceses se uniram nas marchas do 1° de Maio, numa ampla Frente Republicana para impedir que Jean Marie Le Pen vencesse as eleições presidenciais, este ano essa união não existe nem a nível político, nem sindical.  

Duas centrais sindicais - CFDT e UNSA, a organização SOS Racismo e a FAGE ou Federação das Associções Gerais dos Estudante - apelaram a votar pelo candidato centrista Emmanuel Macron, para bater a candidata de extrema direita Marine Le Pen.

Enquanto as centrais sindicais CGT, FO, FSU e Solidaires em marcha separada apelaram a "barrar o caminho" a Marine Le Pen, mas sem apelos ao voto em Emmanuel Macron, estimanfdo que este representa a continuidade de François Hollande.

Sondagens hoje reveladas (IFOP Fiducial) prevêem uma vitória de Macron no próximo domingo com 59% dos votos, contra 41% para Le Pen.

Ouça aqui extracto de Emmanuel Macron no seu comício parisiense onde ele antevia uma batalha "dura" pedindo para que esta não fosse subestimada.

00:36

Emmanuel Macron, candidato independente às eleições presidenciais francesas

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