Em programa de tevê, Sarkozy vai tentar reconquistar eleitores

O presidente francês Nicolas Sarkozy participará na noite dessa quinta-feira de um programa especial na televisão francesa onde responderá a perguntas sobre poder aquisitivo, emprego, segurança e educação no país. Para a imprensa francesa, o programa faz parte de uma estratégia do presidente para reconquistar a opinião publica com vistas às eleições presidenciais de 2012.  

O presidente Nicolas Sarkozy durante pronunciamento na televisão no dia 31 de dezembro de 2010. AFP / France 2

Para o L'Humanité, o chefe de estado francês vai tentar hoje reconquistar a opinião pública que lhe é hostil. O jornal comunista destaca que a entrevista acontece em meio a dois acontecimentos polêmicos: a greve no poder judiciário e o escândalo das viagens de férias, cheias de mordomias, de integrantes do primeiro escalação do governo.

A chanceler Michèlle Alliot Marie viajou nas férias, por dois anos seguidos, no avião de um amigo do ex-ditador tunisiano Ben Ali. Já o premiê François Fillon foi para o Egito com a família passar as festas de fim de ano a convite do presidente Hosni Mubarak, que enfrenta uma revolta popular para tirá-lo do cargo após 30 anos de poder.

Nessa quarta-feira, durante o Conselho de ministros, Nicolas Sarkozy anunciou que as viagens ao exterior dos ministros de estado seriam a partir de agora submetidas à aprovação do governo. Além disso, segundo o presidente, a ordem é dar preferência para férias dentro da França.

Por sua vez, o jornal Le Figaro chama de "prova oral" o programa onde o presidente Sarkozy será sabatinado por nove cidadãos franceses.

WeakLeaks

O jornal Libération dessa quinta-feira, traz em primeira mão uma reportagem sobre o livro do ex braço-direito de Julian Assange, Daniel Domscheit-Berg, sobre o Weakleaks.

Segundo o jornal, no livro Inside Weakleaks ( Nos bastidores do site mais perigoso do mundo, em tradução livre ), que será lançado hoje na Alemanha, Assange aparece como um guru paranóico. Também segundo o livro, o site Weakleaks foi estruturado seguindo o modelo de uma seita secreta.