BRICS não têm candidato comum para Banco Mundial
A eleição do próximo presidente do Banco Mundial, marcada para 20 a 22 de abril, também é discutida esta semana em Nova Délhi. Os BRICS não conseguiram indicar um candidato do grupo, já que a China se comprometeu a apoiar o candidato dos Estados Unidos depois de ficar com um cargo de direção no FMI após a eleição da francesa Christine Lagarde, no ano passado.
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Adriana Moysés, enviada da RFI à Nova Déhli
O Brasil e a África do Sul devem apoiar candidatos da Colômbia e da Nigéria, respectivamente, e deverão ser seguidos por vários países em desenvolvimento. Mais uma vez os BRICS vão criticar o déficit de legitimidade nas regras de governança das instituições multilaterais, historicamente dirigidas por americanos e europeus.
A ministra nigeriana Ngozi Okonjo-Iweala, o ex-ministro da Fazenda colombiano José Antonio Ocampo e o acadêmico sul-coreano naturalizado americano Jim Yong Kim são os três candidatos finalistas para presidir a instituição.
O presidente Barack Obama surpreendeu ao indicar o sul-coreano de 52 anos, doutor em medicina e antropólogo de formação, presidente desde 2009 da Darmouth College, uma das universidades mais prestigiadas dos Estados Unidos. Ele é conhecido por suas conquistas na luta contra a Aids. O anúncio fez explodir na internet a procura por um vídeo em que Kim canta rap num show de talentos em um campus universitário.
A imprensa indiana estima que a indicação de Kim aumenta as chances dos candidatos concorrentes. Ocampo e Okonjo-Iweala personificam o desafio de países emergentes e pobres no processo decisório diante do acordo tácito entre a Europa e os Estados Unidos pelo qual um europeu exerce a direção do FMI e um americano a do Banco Mundial há mais de 50 anos.
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