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Banco Mundial/presidência

Sem surpresa, americano é eleito para presidência do Banco Mundial

O americano Jim Yong Kim foi nomeado nesta segunda-feira presidente do Banco Mundial, anunciou a instituição. Um acordo informal faz com que um americano presida o Banco Mundial e um europeu fique à frente do Fundo Monetário Internacional. Países emergentes, incluindo o Brasil, contestam essa prática.

O americano Jim yong Kim foi eleito para presidir o Banco Mundial, nesta segunda-feira, 16 de abril.
O americano Jim yong Kim foi eleito para presidir o Banco Mundial, nesta segunda-feira, 16 de abril. REUTERS/Ueslei Marcelino
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A única adversária era a ministra das Finanças nigeriana, Ngozi Okonjo-Iweala. Ela felicitou Kim pela indicação, mas acrescentou que o processo de seleção para o posto deveria ser “mais aberto, transparente e baseado no mérito”. O economista colombiano José Antonio Ocampo desistiu da disputa.

Kim, 52 anos, nasceu na Coreia do Sul, e é médico formado pela Dartmouth College, uma das instituições acadêmicas mais respeitadas dos EUA. Ele dirigiu o programa de luta contra a AIDS dentro da Organização Mundial da Saúde (OMS) e foi co-fundador de 'Partners in Health', organização sem fins lucrativos que oferece serviços médicos em países como Haiti, Peru, Rússia e Ruanda.

Um acordo informal faz com que as direções do FMI (Fundo Monetário Internacional) e do Banco Mundial sejam divididas entre a Europa e os Estados Unidos desde 1944, quando essas instituições foram criadas, através do acordo de Bretton Woods. Por isso o americano era considerado favorito. A francesa Christine Lagarde comanda atualmente o FMI, substituindo desde o ano passado o também francês Dominique Strauss-Kahn. Por sua vez, Kim sucede ao americano Robert Zoellick.

Países emergentes, como os Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), reivindicam maior representação nos órgãos de decisão de ambas instituições financeiras.

O Brasil anunciou horas antes do anúncio, através do ministro da Fazenda Guido Mantega, que apoiaria a ministra nigeriana. Mantega acrescentou que o governo brasileiro não fará aporte adicional ao Fundo Monetário Internacional (FMI) se as reformas nas duas instituições não avançarem, num claro recado às potências.
 

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