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Bangladesh/Greve

Empregados da setor têxtil de Bangladesh pedem aumento de salário

Cerca de 50 mil empregados da industria têxtil saíram às ruas nesse sábado, 21 de setembro, para reivindicar um aumento no salário mínimo da categoria, que atualmente ganha menos de 40 dólares por mês. Bangladesh é o segundo maior exportador de roupas do mundo e fornece para as principais marcas da moda mundial.

Essa é a segunda vez esse mês que os empregados da indústria têxtil manifestam nas ruas de Bangladesh.
Essa é a segunda vez esse mês que os empregados da indústria têxtil manifestam nas ruas de Bangladesh. REUTERS/Andrew Biraj
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A indústria têxtil de Bangladesh, que representa 20 bilhões de dólares em exportações e emprega cerca de quatro bilhões de pessoas, é conhecida por fabricar boa parte das roupas vendidas no ocidente, mas também pela precariedade de seus empregados. Nesse sábado os trabalhadores do setor decidiram manifestar mais uma vez nas ruas de Dacca contra as más condições de trabalho e os baixos salários. Os operários ganham em média 38 dólares por mês (113 reais), o que representa a metade da remuneração de um funcionário do mesmo setor no Camboja, outro país que presta serviços para as grandes marcas de moda ocidentais.

“Não temos mais escolha e temos que levantar a voz”, declarou Nazma Akter, presidente da Federação unificada dos operário do têxtil, organização que reúne 52 associações de empregados do setor. Os operários pedem que os salários sejam reajustados para 103 dólares (pouco mais de 300 reais). Cerca de 300 fábricas da zona industrial da capital Dacca pararam de funcionar durante o protesto desse sábado.

O governo já está negociando com os sindicatos para fixar um novo salário mínimo. Os patrões sugeriram um aumento de 20%, mas a proposta foi recusada. A precariedade dos trabalhadores do setor no Bangladesh chamou a atenção após o desmoronamento, no mês de abril, de um prédio que abrigava ateliês de costura. O local funcionava sem as condições mínimas de segurança e o acidente provocou a morte de mais de mil pessoas.
 

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