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Estados Unidos devem mudar e acelerar estratégia para combater jihadistas

Uma possível mudança de estratégia dos Estados Unidos no Oriente Médio para conter a ameaça jihadista e as celebrações dos 70 anos da liberação de Paris do nazismo dividem as manchetes dos jornais franceses que circulam neste sábado (23).

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. REUTERS/Larry Downing
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Diante das ações cada vez mais violentas do movimento terrorista Estado Islâmico, o presidente americano Barack Obama está revendo suas alianças no conturbado Oriente Médio, informa o Le Figaro em sua manchete. Segundo o jornal, os Estados Unidos estão dispostos a intensificar seu engajamento na região, e para isso não descarta uma ajuda indireta aos seus inimigos.

A divulgação do vídeo onde o jornalista americano James Foley aparece sendo decapitado por um jihadista acelerou uma guinada na posição da Casa Branca. Washington avalia agora a pertinência de atacar os jihadistas não apenas no Iraque, mas também na Síria, onde o grupo extremista está implantado.

Brian Katulis, especialista do Centro para o Progresso Americano, ouvido pelo Le Figaro, prevê o aumento de operações de combate ao terrorismo por parte dos Estados Unidos com a ajuda de seus parceiros europeus e de países do Oriente Médio.

De acordo com o analista, nas últimas semanas, discussões internas no governo americano sugeriram que é preciso tratar os problemas do Iraque e da Síria juntos, já que em territórios desses dois países o movimento Estado Islâmico conta com a força de 10 mil homens aguerridos.

Ainda de acordo com Brian Katulis, Barack Obama não pensa em levar de volta tropas americanas para combater em solo iraquiano e, ao mesmo tempo, vai ter cuidado para não demonstrar que estará lutando ao lado do regime de Bashar al-Assad contra um inimigo comum.

Imprensa relembra 70 anos da Liberação de Paris

Fotografias de homens com armas na mão em plena guerra ilustram a manchete do jornal Libération, mas com outro tema: o aniversário da Liberação de Paris.

Há 70 anos, a capital francesa reconquistava sua liberdade escreve o jornal, relembrando os capítulos mais importantes de uma insurreição histórica. Em suas páginas internas, o jornal lembra os principais fatos que marcaram a semana entre 19 e 25 de agosto de 1944, quando parisienses, militares e civis, se mobilizaram para expulsar os ocupantes nazistas da cidade.

Além do texto, muitas fotos revivem momentos históricos como a assinatura da rendição alemã, os soldados sendo aclamados por uma multidão na chegada à prefeitura, e o passeio do General De Gaulle pelas ruas da capital antes de seu famoso discurso anunciando a liberação de Paris do nazismo.

Fim das notas e moedas?

O jornal Aujourd'hui en France dedica sua manchete para falar do desaparecimento progressivo do dinheiro em espécie, e se pergunta quanto tempo os franceses levarão para abandonar definitivamente as notas e moedas.
Atualmente no país, 55% das compras são feitas em dinheiro vivo, afirma o jornal.

Mas as novas tecnologias estão aí e vão fazer em breve as notas e moedas desaparecerem. Segundo o Aujourd'hui en France, uma pesquisa revela que em 2020 todos os habitantes da Noruega só deverão usar cartões, internet e celulares para pagar suas contas.

Uma socióloga ouvida pelo Aujourd'hui en France garante que os franceses já estão preparados para mudar seus hábitos e abandonar completamente o uso do dinheiro, mas sem prever uma data. Jeanne Lazarus cita como exemplo o fato de que 99% dos franceses têm em conta em banco, o que significa que eles confiam bastante no sistema bancário. Além disso, segundo ela, são poucos os gostam de guardar dinheiro em casa.

A especialista lembra ainda que no dia a dia, os salários e a maioria dos pagamentos já são feitos eletronicamente no país. Muitos franceses não vêem mais a cor do dinheiro, ela garante.Segundo a socióloga Jeanne Lazarus, nos Estados Unidos as pessoas já dão as gorjetas para os garçons direto no pagamento da conta, o que já acontece no Brasil também, e para as esmolas, a opção seria tíquetes de restaurante, por exemplo.

O jornal lembra que na França, a cidade de Estraburgo já está testanto o pagamento por telefones celulares em padarias e outras lojas do comércio. Uma operadora de telefone está por trás dessa iniciativa. Muitos clientes gostam dessa forma de pagamento e estão aderindo, mas ao mesmo tempo reclamam da publicidade indesejada que chega pelo celular, mesmo as das promoções nos locais onde costumam fazer compras.

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