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Guiné-Bissau

Guiné-Bissau: Baciro Djá demitido, alternativa desconhecida

 Presidente José Mário Vaz demite o primeiro-ministro Baciro Djá e o seu governo alegando "grave crise política" no país, mas desconhece-se o nome do primeiro-ministro do quinto governo desde as eleições gerais de 2014.

Baciro Djá, demitido do cargo de primeiro-ministro da Guiné-Bissau
Baciro Djá, demitido do cargo de primeiro-ministro da Guiné-Bissau facebook.com/bassdja?fref=ts
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O decreto presidencial do chefe do Estado, José Mário Vaz, que anuncia o fim do governo de Baciro Djá, apresenta exactamente as mesmas razões, que motivaram a queda dos três executivos anteriores: ou seja a persistência da crise política, o impasse no Parlamento, devido as desavenças entre os principais partidos, e a ausência dos instrumentos de governação, como o programa do Governo e o Orçamento Geral do Estado, que devem ser aprovados pelos deputados.

José Mário Vaz diz que não podia ficar impávido e sereno perante tal cenário, por isso decidiu assumir as suas responsabilidades constitucionais e demitir o governo de Baciro Djá.

01:15

Mussa Baldé, correspondente em Bissau

Aguarda-se agora que indique o nome do novo primeiro-ministro, que deverá nomear um novo executivo inclusivo e consensual, com todas as sensibilidades políticas no país, como estipulado pelo Acordo de Conacri.

Estão marcadas para esta quarta-feira (16/11) novas consultas entre o Presidente e os partidos representados no Parlamento para informação sobre o nome escolhido para primeiro-ministro.

Domingos Simões Pereira, líder do PAIGC partido vencedor das eleições de 2014, convocou para esta terça-feira (15/11) os quadros do seu partido, incluindo o até agora primeiro-ministro Baciro Djá, para tentar resolver a questão fulcral dos 15 deputados expulsos do PAIGC, que estão no cerne da actual crise política.

Entretanto, o Governo agora demitido, através de um comunicado proibiu qualquer manifestação ou marcha na Praça dos Heróis Nacionais e no Largo da Câmara Municipal de Bissau, locais situados nas imediações do palácio da presidência, local que tem sido utilizado ultimamente pelo Movimento de Cidadãos Conscientes e Inconformados, que com outras organizações da sociedade civil têm manifestado para exigir a demissão do Presidente e da Assembleia Nacional Popular e assim pôr termo à crise político-institucional, que dura desde Agosto 2015.

Este movimento da sociedade civil MCCI afirma no entanto, que os protestos vão continuar noutros pontos de Bissau e a Liga Guineense dos Direitos Humanos considerou esta medida "inconstitucional, uma afronta e um acto vergonhoso" num país que se reclama democrátiuco e pediu hoje a sua revogação imediata.
 

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