Oposição síria pede proteção da comunidade internacional
Nesta segunda-feira, os opositores ao regime do presidente Bachar Al-Assad pediram uma proteção internacional dos civis que se encontram na cidade de Homs, no centro do país. O apelo foi lançado pelo Conselho Nacional Sírio (CNS), formação que reúne a maioria dos líderes da oposição. Eles também acusaram os Estados Unidos de estarem envolvidos na violência que toma conta do território sírio há oito meses e que já resultou na morte de pelo menos três mil pessoas.
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Apesar do acordo firmado pelo regime sírio em 2 de novembro a um plano árabe para uma saída à crise, as forças do poder continuam matando os insurgentes. Desde o dia 15 de março, quando explodiu o movimento de protesto, três mil pessoas foram assassinadas. As sanções dos países ocidentais não deram resultado nenhum até agora.
Nesta segunda-feira, o Conselho Nacional Sírio (CNS), que reúne a maioria das correntes da oposição, denunciou os "massacres bárbaros" cometidos pelo regime e pediu o envio imediato de observadores árabes e internacionais a Homs, no centro do país. Homs é a terceira cidade com mais mártires e é considerada a capital da revolução síria.
Reação
O apelo foi ouvido pelo ministro francês das Relações Exteriores, Alain Juppé, que anunciou que vai discutir com seus parceiros da ONU a possibilidade de uma proteção estrangeira. "O comportamento do regime é inaceitável, não podemos mais ter confiança", disse Juppé.
O CNS denuncia que os corpos se amontoam no chão em Homs, cercada pelo quinto dia consecutivo. Os militares vêm utilizando artilharia pesada, bombas e ataques aéreos nos bairros residenciais. O Observatório sírio dos Direitos Humanos indicou que as forças armadas invadiram o bairro de Baba Amro e destruíram todas as lojas.
A ONU teme uma guerra civil no país, há oito meses palco de uma revolta popular sem precedentes. Os opositores exigem a partida do presidente Bachar Al-Assad.
Acusações
Hoje, as autoridades sírias acusaram os Estados Unidos de estarem envolvidos nos atos de violência no país e pediu a ajuda da Liga Árabe. Em uma carta endereçada à organização, o ministro das Relações Exteriores, Walid Mouallem, acusa os americanos de estarem diretamente implicados nos acontecimentos sangrentos na Síria.
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