Indonésia investiga causas do acidente com Boeing que aterrisou no mar

As autoridades da Indonésia continuam a investigar as causas do acidente com o Boeing 737-800 da companhia aérea Lion Air que caiu no mar perto de uma pista de aterrissagem em Bali, no sábado. Os pilotos da companhia fizeram testes para detecção de drogas e os investigadores já retiraram o plano de vôo da aeronave. Havia 108 pessoas à bordo, mas não houve mortos.

O Avião da LIon Air pousou no Oceano sem tocar a pista do aeroporto de Bali. REUTERS/Indonesian Police

Analistas alertam que o crescimento da companhia indonésia, que recentemente encomendou aviões por um montante de 35 bilhões deu euros, não deve comprometer a segurança dos vôos.

O aparelho desviou da pista durante a aterrissagem no aeroporto internacional de Depansar, em Bali, na tarde deste sábado. Ele não chegou a tocar na pista e caiu direto no Oceano.  Houve pânico à bordo e 45 pessoas foram hospitalizadas. 

Empresa modesta com contas opacas, que tinha apenas 1 avião há 13 anos, a Lion Air, assinou nos últimos 16 meses contratos para a aquisição de 234 Airbus A 320 e 230 Boeing 737.

A companhia Lion Air aproveita o "boom" do transporte aéreo na Indonésia, o maior arquipélago do mundo com mais de 17.500 ilhas. O número de passageiros transportados cresce em média 20% por ano.

As circunstâncias do acidente ainda não foram determinas mas os especialistas lembram que não é o primeiro registrado pela empresa. Entre 2004 e 2006, a Lion Air foi confrontada a uma série de 6 acidentes com aparelhos que se desviaram da pista de aterrissagem.

A Lion Air é banida do espaço aéreo europeu e americano porque é considerada uma empresa aérea “com riscos”.

Em janeiro de 2012, a Lion Air foi sancionada pelas autoridades após a detenção de diversos pilotos que foram flagrados com posse de metanfetaminas, uma droga estimulante que atinge o sistema nervoso central.