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IRAQUE

Iraque: bombardeamento da coligação faz dezenas de vítimas

O exército iraquiano confirmou hoje que um bombardeamento das forças ocidentais fez 61 mortos em Mossul, no Iraque. O comunicado foi publicado numa altura em que várias testemunhas no local afirmam que terão morrido, pelo menos, 200 pessoas. Pairam ainda muitas dúvidas acerca do número real de vítimas. 

O ministério iraquiano das Migrações e dos Deslocados afirmou ontem que, desde o início da ofensiva das forças da coligação contra o oeste de Mossul, 201.275 pessoas fugiram da cidade.
O ministério iraquiano das Migrações e dos Deslocados afirmou ontem que, desde o início da ofensiva das forças da coligação contra o oeste de Mossul, 201.275 pessoas fugiram da cidade. REUTERS/Suhaib
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Foi um dos bombardeamentos mais mortíferos desde a invasão americana ao Iraque, em 2003. Nos últimos dias, as forças ocidentais, que andam a tentar conquistar o oeste de Mossul desde Fevereiro, têm visado locais onde suspeitam que estão jiadistas do Daesh.

Agora, várias testemunhas afirmam que um dos bombardeamentos desta semana (dia 19 de Março) matou mais de 200 civis. Hoje, em resposta aos rumores, a tropa iraquiana confirmou a morte de, pelo menos, 61 pessoas.

A coligação das forças ocidentais também já disse que visou o local onde foram encontradas as vítimas a pedido do governo iraquiano, que afirmou que se encontravam lá jiadistas do Daesh. 

As autoridades iraquianas estão a avançar que os jiadistas utilizaram os habitantes como escudos humanos, de maneira a que pareça que as forças ocidentais estão a matar civis.

A ONU mostrou-se constrangida com o acontecimento e lançou um apelo a todas as partes envolvidas no conflito para pouparem os civis. "Não há nada mais importante que proteger os civis", disse Lise Grande, coordenadora humanitária da ONU para o Iraque".

O ministério iraquiano das Migrações e dos Deslocados afirmou ontem que, desde o início da ofensiva das forças da coligação contra o oeste de Mossul, 201.275 pessoas fugiram da cidade.

É assim o segundo massacre atribuído às forças da coligação esta semana. Terça-feira também morreram 31 civis em Raqqa, na Síria, depois da coligação ter bombardeado uma escola que estava a ser utilizada para acolher refugiados.

 

 

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