A antiga directora-geral do FMI, a francesa Christine Lagarde entra oficialmente em funções esta Sexta-feira como nova directora do Banco Central Europeu. Lagarde chega numa altura de incerteza para a Europa que ainda não sarou totalmente as feridas deixadas pela crise económica de 2008, o continente estando também a debater-se com um fraco crescimento, rondando pouco mais de 1% este ano, que augura inclusivamente um novo período de recessão.
Neste quadro pouco auspicioso, o sector automóvel da Alemanha -a locomotiva da Europa- está em pleno período de turbulências e a perspectiva da saída do Reino Unido da União Europeia cria também um clima económico particularmente volátil.
Um contexto em que analistas antevêem uma missão difícil para a nova directora do BCE cuja ambição é designadamente de concretizar o projecto de união bancária a nível europeu, um projecto que implicaria uma maior solidariedade da união em caso de nova crise, mas que tem encontrado até agora a oposição dos chamados "falcões" da Alemanha, defensores de uma política de austeridade.
Em entrevista com a RFI, José Reis, professor na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, enuncia alguns dos desafios que esperam Christine Lagarde.
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