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França

Expectativa antes de um novo discurso esta noite do Presidente francês

O Presidente francês dirige-se hoje ao país para falar das medidas contra a propagação coronavírus. Numa altura em que a França contabiliza cerca de 132 mil casos positivos e mais de 14 mil mortos devido ao coronavírus, esta que será a quarta intervenção televisiva do Presidente desde o começo do confinamento no 17 de Março, suscita muita expectativa e especulações.

Presidente Emmanuel Macron dirige-se hoje à população.
Presidente Emmanuel Macron dirige-se hoje à população. POOL/AFP
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Segundo testemunhos de próximos do Chefe de Estado citados ontem pelo "Journal du Dimanche", o discurso presidencial vai ter tonalidades de "sangue, suor e lágrimas", Emmanuel Macron preparando-se para pedir esforços suplementares à população.

Ao referir que não se deve esperar hoje esclarecimentos por parte do Presidente sobre o andamento da encomenda de máscaras de protecção, o seu eventual uso generalizado ou ainda o rastreio da população -questões que têm alimentado a polémica mas que são remetidas para o governo- os próximos do Presidente adiantam que hoje poderia ser anunciado um adiamento do regresso às aulas possivelmente para Setembro e um prolongamento do confinamento até pelo menos meados do próximo mês, senão mesmo até ao fim de Maio: "uma data suficientemente distante para que se perceba que só depois se poderá começar a pensar num desconfinamento parcial, mas extremamente progressivo", indicam os seus colaboradores sublinhando contudo que se trata de "uma data suficientemente próxima para se esboçar o que virá a seguir".

Perante as informações que filtraram neste fim-de-semana, o líder do partido socialista Olivier Faure teceu advertências sobre o custo social desta crise e pediu ajudas excepcionais para os mais desfavorecidos ao apontar que "uma parte da população já não come de acordo com as suas necessidades".

Outra temática que também tem alimentado questionamentos tem sido a problemática da factura da crise. Este fim-de-semana, Geoffroy Roux de Bézieux, chefe do sindicato patronal MEDEF, preconizou que "se trabalhe mais para acompanhar a retoma económica", um argumentário também utilizado pela Secretária de Estado francesa para a economia Agnès Pannier-Runacher, o que não deixou de suscitar a indignação designadamente por parte dos sindicatos dos trabalhadores mas também da oposição, tanto à esquerda como à direita.

Refira-se entretanto que a comunicação presidencial desta noite acontece numa altura em que, de acordo com uma sondagem publicada ontem pelo "Journal du Dimanche", apenas 38% das pessoas interrogadas confiam na acção do governo no que tange ao combate ao coronavírus.

 

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