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Ucrânia

Ucrânia: 27 reúnem-se na perspectiva de adoptar novas sanções contra Moscovo

Os ministros da defesa e dos negócios estrangeiros da União Europeia reúnem-se hoje para discutir sobre eventuais novas sanções contra a Rússia quando está quase a fazer um mês que Moscovo lançou a sua ofensiva contra a Ucrânia. Esta madrugada, um bombardeamento russo em Kiev causou pelo menos 8 mortos e hoje, pela primeira vez, a cidade portuária de Odessa foi visada por um ataque aéreo russo que não causou vítimas, segundo as autoridades locais.

Socorrista no local do bombardeamento russo que atingiu um centro comercial de Kiev nesta madrugada de 21 de Março de 2022.
Socorrista no local do bombardeamento russo que atingiu um centro comercial de Kiev nesta madrugada de 21 de Março de 2022. REUTERS - SERHII NUZHNENKO
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Na noite deste domingo para hoje, um novo bombardeamento russo sobre a capital atingiu um centro comercial e provocou a morte de pelo menos oito pessoas. Uma situação perante a qual o autarca local decretou um novo recolher obrigatório até pelo menos quarta-feira.

Poupada até agora, a cidade portuária de Odessa no sudoeste do país foi hoje alvo, pela primeira vez, de bombardeamentos russos que não causaram vítimas, segundo indicou a autarquia local.

Também junto ao Mar Negro, em Mariupol sob fogo russo há vários dias, a Ucrânia rejeitou um ultimato de Moscovo exigindo a capitulação da cidade. Segundo as autoridades locais, soldados russos levaram à força para o seu país cerca de mil habitantes da cidade, entre os quais 350 crianças.

Num âmbito mais geral, as negociações em curso entre a Ucrânia e a Rússia não registaram até ao momento avanços importantes, segundo admitiu hoje o Kremlin.

Já em Bruxelas, onde se reúnem hoje os ministros dos negócios estrangeiros e da defesa dos 27, deveriam ser adoptadas novas medidas contra Moscovo, especialmente restrições à exportação de petróleo russo, uma hipótese até agora rejeitada pela Alemanha que é fortemente dependente da importação de hidrocarbonetos russos.

Numa mensagem vídeo dirigida aos líderes europeus, o Presidente ucraniano incitou os seus parceiros a "acabar com todo o comércio com a Rússia". "Vedem-lhes todos os vossos portos, não lhes enviem os vossos bens, recusem os seus recursos energéticos", disse Volodymyr Zelensky enquanto do lado russo, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov considerou que uma medida desta natureza poderia "afectar seriamente o equilíbrio energético do continente europeu" e que "os americanos não iriam perder nada com isso, obviamente".

Também em cima da mesa deveria estar a constituição de uma força de 5 mil combatentes não no intuito de intervir no conflito ucraniano mas para os 27 terem autonomia para resgatar os seus cidadãos no caso de estarem bloqueados no meio de um conflito, como sucedeu por exemplo aquando das evacuações de ocidentais em Agosto do ano passado no Afeganistão.

Nesta reunião, está igualmente em análise o aumento do orçamento da defesa dos 27. Todos os países da NATO, entre os quais 21 pertencem à União Europeia, comprometeram-se a aplicar 2% do seu PIB em despesas militares em 2024.

Também em linha de mira está a discussão que deve decorrer na quinta-feira no âmbito de uma cimeira extraordinária da NATO em que vai participar Joe Biden, sobre a partilha dos custos envolvidos no envio de 100 mil militares americanos e importantes meios militares para reforçar a segurança nas fronteiras orientais da NATO.

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