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#china/Covid-19

China regista maior número de casos de Covid-19 em seis meses

A China anunciou, esta segunda-feira, ter registado o maior número de casos de Covid-19 em seis meses, apesar dos confinamentos que continuam e que têm gerado polémica e indignação social. A nível económico, a maior fábrica de i-Phones do mundo, em Zhengzhou, no centro do país, continua confinada e a Apple já anunciou que vai haver atrasos no fornecimento dos novos smartphones.

Wuhan, província de Hubei, China. 29 de Setembro de 2020.
Wuhan, província de Hubei, China. 29 de Setembro de 2020. AFP - STR
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As autoridades chinesas anunciaram, esta segunda-feira, o surgimento de 5.500 novos casos, a maior parte na província de Guangdong, no sul, um importante centro industrial. Este é o maior número de casos registados desde Maio.

Por outro lado, a cidade de Zhengzhou, no centro do país - conhecida como a "i-Phone City" por acolher a maior fábrica de i-Phones do mundo - continua confinada mas está a funcionar a meio gás. Este domingo, em comunicado, a Apple avisou que vai haver atrasos no fornecimento do i-Phone 14 Pro, numa altura crucial para as vendas, a pouco mais de um mês do Natal. Desde Outubro que as instalações de Zhengzhou são palco de um aumento do número de casos de covid-19.

A política de zero Covid e as restrições sanitárias voltam a penalizar economicamente a China. Pela primeira vez em dois anos, as exportações sofreram uma quebra em Outubro e também se registou um recuo nas importações. De notar, ainda, que é na China que são fabricados 90 % dos produtos da Apple e que o país é também um dos principais clientes do grupo.

Este fim-de-semana, as autoridades avisaram que as restrições são para continuar. A estratégia consiste em confinar bairros e cidades após o aparecimento de casos, em realizar testes a grande escala e em colocar de quarentena as pessoas positivas e quem chegue do estrangeiro.

A população começa a mostrar sinais de descontentamento nas redes sociais. As pessoas confinadas queixam-se que as portas principais dos prédios são seladas para evitar qualquer saída, impedindo o acesso dos serviços de socorro e a saída em caso de perigo de vida. Por exemplo, o pai de um menino de três anos, asfixiado com monóxido de carbono, acusou as autoridades de o terem impedido de levar o filho ao hospital e a criança não sobreviveu.

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